Brasil Um brasileiro foi nomeado ministro no Líbano
Por Redação O Sul | 7 de fevereiro de 2019
Hassan Abd al-Rahim Mourad, nascido em São Paulo, foi nomeado no dia 31 de janeiro ao cargo de ministro do Comércio Exterior do Líbano. Ele faz parte do governo formado por Saad Hariri após um impasse de nove meses. A nova administração tem como um de seus principais desafios lidar com uma grave crise econômica e uma das maiores dívidas públicas do mundo em proporção ao PIB (Produto Interno Bruto).
Filho de migrantes libaneses no Brasil, Mourad nasceu em 1976. Seu pai, Abd al-Rahim Mourad, retornou ao Líbano e construiu uma carreira na política — foi eleito ao Parlamento em 1992, 1996, 2000 e 2018, além de ter servido como ministro da Educação e da Defesa.
Mourad é também primo de Said Mourad, eleito deputado para a Assembleia Municipal de São Paulo em 2002 e 2006. Hoje aposentado, Said foi um dos primeiros e únicos políticos muçulmanos no Brasil.
Mourad é membro do Partido da União, de verve secular, e trabalhou naquela sigla como chefe do grupo juvenil. O Partido da União é parceiro da Aliança 8 de Março, coalizão favorável ao regime sírio.
Como ministro do Comércio Exterior, ele terá de lidar com as trocas entre Brasil e Líbano, em um momento delicado — a promessa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) de transferir a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, uma cidade reclamada também por palestinos, pode levar a boicotes comerciais por parte de países árabes e islâmicos.
Em seu primeiro discurso após a posse, Mourad reiterou a posição deste novo governo em defender a causa palestina no Oriente Médio.
O Brasil abriga hoje a maior comunidade libanesa na diáspora, estimada oficialmente entre 7 milhões e 10 milhões de pessoas, incluindo descendentes. Diversos deles atuam na política brasileira, como o ex-presidente Michel Temer e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Outros, como a família Mourad e a família Eddé, retornaram ao Líbano e assumiram cargos no país dos antepassados.
Reino Unido
A economia britânica “ainda não está pronta” para um Brexit sem acordo, alertou nesta quinta-feira (7) o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney. Ele insistiu nas tensões que as empresas podem sofrer em decorrência das incertezas sobre a saída do país da UE (União Europeia).
“Ainda que muitas empresas tenham intensificado seus preparativos, a economia britânica como um todo ainda não está pronta para uma saída sem acordo e sem transição”, declarou Carney em coletiva de imprensa, de acordo com a France Presse.
O Banco da Inglaterra disse que o pior cenário do Brexit, que seria sem um acordo para um período de transição e uma súbita perda de confiança no Reino Unido entre os investidores estrangeiros, poderia prejudicar a economia mais do que a crise financeira global.
O banco central britânico afirmou que o Reino Unido deve enfrentar o crescimento econômico mais fraco em dez ano em 2019, culpando a crescente incerteza sobre o Brexit e a desaceleração global, mas manteve a mensagem de que a taxa de juros vai subir se o acordo do Brexit for fechado.
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