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Brasil Um delator confirmou a lavagem de 3 milhões de reais para o operador do ex-governador do Rio Sérgio Cabral

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O colaborador disse ao juiz que Ary, na foto, entregou R$ 3 milhões em espécie explicando que era um dinheiro produto de lobby. (Foto: Reprodução/TV)

Seis colaboradores foram ouvidos nesta segunda-feira (26), na 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, no âmbito do processo da Operação Lava-Jato. A investigação apura se um dos supostos operadores do ex-governador Sérgio Cabral, o assessor especial Ary Filho, lavou aproximadamente R$ 3 milhões por meio de uma empresa de aves.

A primeira pessoa a ser ouvida pelo juiz titular da 7ª Vara, Marcelo Bretas, foi Luis Igayara. Ele é dono das empresas que teriam sido utilizadas para “lavar” os milhões. Aliás, todos os que depuseram nesta segunda-feira são parentes de Igayara: Francisco Igayara, Pedro Henrique Igayara, Rodolfo Igayara, Patrícia Igayara e Márcia Costa Igayara.

Em seu depoimento, Luis Igayara confirma que foi procurado por Ary Filho para promover a “lavagem”. O colaborador disse ao juiz que Ary entregou R$ 3 milhões em espécie explicando que era um dinheiro produto de lobby. E, então, o operador teria pedido a Igayara que depositasse o valor na conta da empresa e fosse compensando com o uso de serviços para Ary Filho.

Outra acusação contra Ary Filho indica a compra de um apartamento por R$ 600 mil também utilizando empresas de Igayara.

Improbidade

O MP-RJ (Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro) ajuizou uma ação civil pública por improbidade administrativa contra o ex-governador Sérgio Cabral, os ex-secretários de Saúde Sérgio Côrtes, Marcos Esner Musafir e Felipe Peixoto, além de outros 12 servidores do governo do Estado do Rio, uma empresa, um consórcio e quatro executivos, entre eles Arthur César de Menezes, conhecido como “Rei Arthur”.

Segundo a ação, os denunciados realizaram contratos para a manutenção de serviços de estocagem, de distribuição, de armazenamento e destinação final de medicamentos, insumos e outros materiais hospitalares que resultaram em um prejuízo aos cofres públicos de R$ 173 milhões.

Ainda segundo as investigações, o ex-secretário Sérgio Côrtes usou o decreto de calamidade pública nas ações e serviços de saúde, editado por Sérgio Cabral quando era governador em 2007 e contratou por cerca de R$ 18 milhões, em regime de urgência por 180 dias, uma empresa de gestão de informações e estoques de medicamentos e insumos.

Ao fim do prazo, foi realizado um pregão presencial que acabou com a contratação da mesma empresa por R$ 51 milhões, em um acerto de 12 meses. O contrato ainda por estendido por mais um ano.

Em 2009, ficou comprovado que a empresa não prestou serviços corretamente, o que resultou na substituição da companhia por outra, que “Rei Arthur” é presidente. No mesmo ano, o governo do RJ realizou uma licitação, vencida por outra empresa que também tem o empresário como sócio e com o mesmo CNPJ que a empresa anterior.

O MP-RJ pede que os envolvidos sejam condenados de acordo com o artigo 12 da Lei Federal nº 8.429/92 a suspensão dos direitos políticos, ao ressarcimento dos danos ao erário e a proibição de fechar contratos com o setor público.

O MP-RJ também quer a quebra dos sigilos fiscal e bancário dos envolvidos e o sequestro dos bens necessários para repor as perdas aos cofres públicos.

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https://www.osul.com.br/um-delator-confirmou-lavagem-de-3-milhoes-de-reais-para-um-o-operador-do-ex-governador-do-rio-sergio-cabral/ Um delator confirmou a lavagem de 3 milhões de reais para o operador do ex-governador do Rio Sérgio Cabral 2018-02-26
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