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Futebol Um delator do caso de corrupção na Fifa disse que José Maria Marin era o rei da CBF, mas quem tomava as decisões era Marco Polo Del Nero

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José Maria Marin, ex-presidente da CBF. (Foto: Divulgação)

No quarto dia de depoimentos do delator Alejandro Burzaco no “Caso Fifa”, a defesa de José Maria Marin tentou mais uma vez provar que quem tomava as decisões importantes na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) era Marco Polo Del Nero, o presidente atual da entidade brasileira. As informações são do site GloboEsporte e do jornal Folha de S.Paulo.

“Era como uma monarquia. A voz por trás das decisões centrais era do Marco Polo Del Nero, mas os discursos eram feitos por José Maria Marin. Ele era o rei, e Marco Polo Del Nero era o presidente que conduzia as coisas.”

Marin, ex-presidente da CBF que está sendo julgado em Nova York (EUA) e é acusado de participação em esquema de corrupção da Fifa (a entidade máxima do futebol), teria recebido US$ 2,7 milhões por meio de Burzaco, ex-homem forte da Torneos y Competencias, empresa de marketing esportivo de Buenos Aires que distribuía boa parte dos pagamentos ilícitos.

Nesta sexta-feira (17), Burzaco foi interrogado por um dos advogados de José Maria Marin, James Mitchell. Ele repetiu a estratégia usada no primeiro dia do julgamento: tentar mostrar que Marin era um “inocente útil” e que era Del Nero quem mandava, de fato, no futebol brasileiro.

Mitchell perguntou a Burzaco se, após a saída de Ricardo Teixeira da CBF, em 2012, Del Nero passou a ser a pessoa mais influente do futebol brasileiro. O delator argentinou concordou. Burzaco também disse que não era comum o presidente da CBF não fazer parte do Comitê Executivo da Fifa – no período em que Marin foi presidente (2012-2015), foi Del Nero quem ocupou o cargo na Fifa.

O advogado também quis saber se Burzaco encontrava Marin sozinho ou se Del Nero estava sempre junto com ele. A resposta foi: “Del Nero quase sempre estava junto”. Burzaco comparou a divisão de poder no futebol brasileiro a uma monarquia, em que existe o rei (Marin), mas quem manda é o Presidente (Del Nero).

Em contraponto, o promotor Samuel Nitze, que pôde fazer perguntas depois que Mitchel encerrou seu interrogatório, quis saber de Burzaco qual foi a reação de Marin quando acertaram um pagamento de propina em 2012. O argentino repetiu o que havia dito no início da semana.

“Marin demonstrou gratidão e me deu um abraço”, disse.

Na última sessão do julgamento na semana, a advogada de Juan Angel Napout, outro réu do caso, afirmou que seu cliente talvez tenha sido seguido por dois homens pelas ruas perto do Tribunal Federal do Brooklyn.

Ela se disse preocupada com a segurança do ex-presidente da Conmebol, acusado de cinco crimes no “Caso Fifa”. A juíza Pamela Chen afirmou que o tribunal iria tomar medidas de segurança se fosse necessário.

Marin é um dos três réus no caso Fifa – ele é acusado de sete crimes, mas nega todas acusações e afirma ser inocente. Del Nero é formalmente acusado dos mesmos crimes, mas está no Brasil, país que não extradita seus cidadãos. Os crimes são de lavagem de dinheiro, fraude e organização criminosa.

Os outros réus são o paraguaio Juan Ángel Napout, ex-presidente da Federação Paraguai de Futebol e da Conmebol, e Manuel Burga, ex-presidente da Federação Peruana de Futebol.

O argentino Burzaco, ex-CEO da empresa TyC, confessou vários crimes, pagou uma multa de US$ 21,7 milhões e virou um colaborador da Justiça nos EUA. Nos três dias anteriores, ele afirmou ter subornado dezenas de dirigentes.

Del Nero

Marco Polo Del Nero, por meio de sua assessoria de imprensa, se defendeu após as acusações.

“Com referência à citação feita à sua pessoa pelo delator premiado Alejandro Burzaco na Corte de Justiça do Brooklin, New York, EUA, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, vem a público esclarecer que nega, com indignação , que tivesse conhecimento de qualquer esquema de corrupção supostamente existente no âmbito das entidades do futebol a que se referiu.

As investigações levadas a efeito naquele país não apontaram qualquer indício de recebimento de vantagens econômicas ou de qualquer outra natureza por parte do atual presidente da CBF.

Igualmente, o que ali ficou apurado foi que os contratos sob suspeita não foram por ele assinados nem correspondem ao período de sua gestão na presidência da CBF.

Por fim, reafirma que nunca participou, direta ou indiretamente, de qualquer irregularidade ao longo de todas atividades de representação que exerce ou tenha exercido”, afirmou em nota.

 

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