Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 19 de maio de 2018
Para o deputado distrital Ivonildo Lira (PHS), o casamento real entre a atriz americana Meghan Markle e o príncipe Harry, que aconteceu neste sábado (19), tem um simbolismo ainda mais especial. Monarquista assumido na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o parlamentar não escondeu a “empolgação” com o evento britânico: “Não recebi o convite, mas gostaria de ter recebido”. As informações são do portal de notícias G1.
“O ideal seria estar lá bem diante da princesa, mas vou assistir pela internet mesmo. Botar um telão lá em casa e ver com alguns colegas que são monarquistas também”, disse ele antes do evento.
Mesmo sendo especialista no Império brasileiro, ele diz acompanhar, sim, o que acontece em outros países. “Até porque a nossa monarquia brasileira tem um pé na Europa. O rei Juan Carlos de Espanha é tio do herdeiro de Dom Pedro”, afirmou.
Segundo o distrital, além de representar estabilidade política no país, o casamento na Inglaterra traz também um impacto econômico positivo. “São milhares de turistas indo para o país. É gente que se hospeda, compra coisas. Ou seja, são milhares de libras esterlinas circulando só por conta disso.”
O deputado recebeu o G1 no gabinete dele – decorado, entre outros objetos, com um quadro representando a bandeira do Império brasileiro e uma girafa de madeira, presente de um rei tribal africano.
Lira voltou a defender a monarquia parlamentarista como a única solução para o País. “É o melhor sistema que existe no mundo. Com tantos problemas de corrupção, com uma canetada do rei ou do imperador, o Congresso seria destituído e seriam convocadas novas eleições”, disse.
“As nossas raízes são monarquistas. Não são republicanas.”
E não tem risco de o próprio monarca ser corrupto? “Nunca. Ele, como monarquista, é o primeiro a cuidar de seu império. Por isso, não precisa fazer conchavo com seu ninguém. Já o presidente, como tem mandato de quatro anos, é obrigado a fazer conchavos para se manter no poder. Esses acordos saem mais caro do que manter uma família imperial.”
Orléans e Bragança
Na Câmara, é o deputado quem escolhe como gostaria de ser chamado. Alguns mudam para facilitar a grafia, como Christianno Araújo (PSD), que assumiu a alcunha Cristiano. Outros alteram o nome para endossar uma opinião política, como Chico Vigilante (PT), que agora é chamado oficialmente de Chico Vigilante Lula da Silva – em alusão ao ex-presidente da República.
O deputado Lira tentou também fazer a mudança: incorporar ao nome o famigerado Orléans e Bragança, da família imperial. Acabou sendo barrado pela própria equipe, que o desaconselhou na investida.
“Hoje as pessoas já me apelidam como Lira de Orléans e Bragança, mas não consegui finalizar. Tentei fazer, mas a assessoria brecou. É aquilo: sou monarquista, mas a minha assessoria é republicana”, brincou.
O deputado já quis conceder a dois herdeiros de Dom Pedro o título de cidadão honorário de Brasília. Para a honraria ser aprovada, a proposta precisava de 13 votos, mas apenas 9 foram favoráveis. Cinco parlamentares votaram contra. Com isso, a iniciativa acabou rejeitada.
Os beneficiados seriam Dom Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança e Wittelsbach (primeiro na linha de sucessão) e Dom Bertrand Maria José Pio Januário Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orléans e Bragança (segundo na linhagem). Ambos nasceram na França.