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Brasil Um documento prevê o que as escolas públicas e privadas de todo o País devem ensinar aos alunos

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A norma vai orientar redes públicas e escolas na elaboração de currículos, além de impactar na produção de livros didáticos. As redes e escolas têm até 2020 para se adequarem. (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O MEC (Ministério da Educação) conseguiu, na última sexta-feira (15), a aprovação final da Base Nacional Comum Curricular no CNE (Conselho Nacional de Educação). A deliberação não foi por unanimidade, uma vez que três conselheiras pediram o adiamento da votação por entenderem que o documento tem limitações e o processo no CNE foi acelerado.

O MEC prevê a homologação da Base na próxima quarta-feira (20). Os prazos de implantação já começam a valer.

O documento prevê o que escolas públicas e privadas devem ensinar a cada ano da educação básica. Neste momento, só foi aprovado a parte de educação infantil e ensino fundamental. O bloco do ensino médio será discutido no ano que vem.

A norma vai orientar redes públicas e escolas na elaboração de currículos, além de impactar na produção de livros didáticos. As redes e escolas têm até 2020 para se adequarem.

Cabia ao CNE – que analisa a base desde abril – a deliberação final do documento. O governo Michel Temer esteve empenhado em aprovar no conselho a base ainda neste ano, com o objetivo de iniciar o processo de implementação em 2018 e de olho no calendário eleitoral.

Uma versão revisada da base foi encaminhada pelo governo ao CNE somente no dia 29 de novembro, mas o texto não foi levado à sociedade naquele momento.

Em 6 de dezembro, a Folha de S.Paulo revelou essa versão que trouxe mudanças em vários pontos, como em língua portuguesa e educação infantil. O MEC retirou ainda menções de identidade do gênero do texto e incluiu o tema em um novo bloco de ensino religioso.

O ministério manteve esse texto sem publicidade oficial até o dia 11 de dezembro, quando finalmente ele foi divulgado no site do MEC.

Nele, o MEC voltou atrás em um ponto: suprimiu da parte de ensino religioso trechos em que se previa a discussão na escola de concepções de “gênero e sexualidade” de acordo com tradições religiosas. Essa presença havia provocado críticas de especialistas.

A sessão de votação no CNE na sexta teve início por volta das 10h e já às 11h30min houve a deliberação favorável ao MEC. Foram 19 votos a favor do parecer que pedia a aprovação final e três contra.

Segue agora para o MEC um parecer técnico e uma resolução normativa, além de dois anexos. Um deles é a base em si e outro traz as colaborações recebidas pelo CNE em audiências públicas.

Os votos contrários vieram das conselheiras Márcia Ângela Aguiar, Malvina Tuttman e Aurina de Oliveira Santana. As três haviam feito pedido de vista na última reunião do órgão na semana passada, o que adiou a deliberação final para esta sexta.

“Não me considero participante desse processo”, disse Tuttman, que criticou o fato de os prazos de aprovação não terem sido acordados no CNE e, sim, impostos pelo MEC. “Não faz parte de um órgão de Estado se submeter a uma solicitação se ainda não está pronto para fazer a deliberação necessária.” O grupo também discordou da decisão do ministério de fatiar a base e deixar o ensino médio para mais tarde.

O documento final com os objetivos de aprendizagem deve ter alguns pontos de ajustes antes da homologação. Um deles é a inclusão de uma frase que indica para as redes que não há necessidade de seguir a mesma estrutura prevista na base, possibilitando currículos autorais de cada rede.

Após a votação, o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares da Silva, defendeu que o processo de construção não é recente. “Eu me sinto, ao contrário do que foi dito, muito confortável com a aprovação de hoje.”

A secretária-executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, diz que as divergências com relação à aprovação neste momento não serão entraves na implementação. “Ganhou a base que foi desenvolvida e articulada o tempo todo com o conselho nacional, com as audiências públicas, com as entidades, é uma vitória do Brasil.” Segundo dados do governo, a economia com a última edição do horário (entre outubro de 2016 e fevereiro de 2017) foi de R$ 159,5 milhões. Esse valor, considerado baixo pelo setor elétrico, é decorrente da redução do uso de usinas térmicas para complementar a demanda por energia.

tags: educação

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