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Esporte Um empresário brasileiro envolvido em corrupção no futebol será sentenciado em abril pela Justiça dos Estados Unidos. A sua pena pode chegar a 80 anos de prisão

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J. Hawilla, 74 anos, tornou-se delator do FBI na investigação. (Foto: Reprodução)

Réu confesso de crimes que envolvem corrupção de dirigentes esportivos espalhados pelo Brasil e outros países da América Latina, o empresário José Hawilla, dono da Traffic, está de volta ao Brasil. Natural de São José do Rio Preto (SP) e conhecido pela alcunha J. Hawilla, ele estava desde 2013 nos Estados Unidos, onde se tornou delator do caso investigado pelo FBI (a polícia federal norte-americana) sobre negociatas relacionadas à Fifa, a entidade máxima do futebol mundial.

Ele confessou à Justiça dos Estados Unidos ter corrompido agentes do futebol sul-americano, dentre eles o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira. Em acordo com as autoridades norte-americanas, ele se propôs a devolver o equivalente R$ 575 milhões.

Foi parte do acordo feito pelo empresário em que confessou ter cometido crimes ao pagar propina a cartolas em troca de direitos sobre competições. Esse acordo foi fechado em 2014. Além disso, tem de pagar US$ 151 milhões às autoridades dos Estados Unidos como restituição.

A colaboração ajuda bastante sua situação, mas Hawilla continua a ser processado. Ele foi liberado pela Justiça dos Estados Unidos para voltar ao País, mas ainda consta no sistema judiciário norte-americano como aberto o processo e as acusações contra ele por conspiração, lavagem de dinheiro, fraude eletrônica e obstrução da Justiça. A previsão é que a Justiça dê uma sentença para Hawilla no dia 23 de abril. Essa sentença já foi adiada e certamente será aliviada por sua ajuda aos procuradores dos EUA.

Trajetória

Aos 74 anos, J. Hawilla é um ex-jornalista. Começou a carreira na crônica esportiva, atuando em veículos do interior paulista e da cidade de São Paulo. Entre outros veículos, passou por veículos como Band e TV Globo. Depois de deixar de lado as funções de repórter e apresentador de TV, tornou-se conhecido no ramo do marketing esportivo.

Ele comprou a Traffic e a transformou em gigante do setor. Envolvida na negociação de direitos de transmissão de competições, a empresa foi responsável por fazer o elo entre federações de futebol e veículos de comunicação. A atuação à frente da empresa trouxe dinheiro e reconhecimento ao hoje ex-jornalista, que havia chegado a vender cachorro-quente em São Paulo.

Além da Traffic, J. Hawilla é duplamente parceiro da Rede Globo. Ele é fundador da TV TEM, emissora com bases em quatro praças no interior paulista: Sorocaba, Itapetininga, Bauru e São José do Rio Preto. O canal é afiliado da empresa da família Marinho e cobre 49% do território do estado de São Paulo. Hawilla é, ainda, proprietário da TV7, produtora responsável pelos programas ‘Pequenas Empresas, Grandes Negócios’ e ‘Autoesporte’, ambos exibidos nacionalmente pela Globo.

Hawilla era cercado por personalidades da mídia e da política antes de se tornar delator da Justiça dos Estados Unidos. Em 2010, ele recebeu o prêmio de “Personalidade da Comunicação”, oferecido pela Mega Brasil. Na cerimônia realizada em São Paulo, o então prefeito da capital paulista (Gilberto Kassab), o governador (Alberto Goldman) e o ex-governador José Serra estiveram entre os presentes.

 

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