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Ciência A causa do Alzheimer pode ter sido encontrada (na nossa boca)

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Doença neurodegenerativa é um dos maiores mistérios da medicina. (Foto: Reprodução)

Cientistas acreditam ter descoberto possível causa da doença neurodegenerativa que é um dos maiores mistérios da medicina. Os primeiros testes mostram resultados positivos, inclusive de reparação de neurônios danificados.Um estudo realizado por uma empresa farmacêutica americana alegou ter encontrado a causa da doença de Alzheimer. O vilão seria a Porphyromonas gingivalis, uma bactéria associada a diversos tipos de periodontites – doenças inflamatórias em tecidos da cavidade bucal, como a gengivite.

Doenças periodontais afetam cerca de um terço da população mundial, e uma droga que bloqueia as principais toxinas da bactéria Porphyromonas gingivalis passará por importantes testes clínicos neste ano.

A pesquisa, publicada na revista científica Science Advances no dia 23 deste mês, afirma que essa nova droga tem potencial para parar e até reverter o Alzheimer – com a possibilidade, inclusive, de haver uma vacina.

A doença de Alzheimer é um dos maiores mistérios da medicina. Com o aumento da expectativa de vida ao longo das últimas décadas, os casos de demência dispararam, tornando a condição a quinta maior causa de morte em todo o mundo. Embora o Alzheimer represente cerca de 70% desses casos, sua causa segue indefinida.

A doença é frequentemente associada ao acúmulo das proteínas tau e beta-amiloide no cérebro. A principal teoria era de que o Alzheimer surge do controle defeituoso dessas duas proteínas. No entanto, pesquisas recentes concluíram que pessoas podem ter placas amiloides sem demência, colocando em xeque aquela hipótese.

Diversas equipes de pesquisa científica têm investigado a bactéria Porphyromonas gingivalis. Até o momento, cientistas descobriram que ela invade e inflama as regiões do cérebro afetadas pela doença do Alzheimer.

Estudos também concluíram que infecções de gengiva podem piorar os sintomas em camundongos que foram geneticamente modificados para ter Alzheimer, e que podem causar inflamações no cérebro semelhantes ao Alzheimer, bem como danos neurais em camundongos saudáveis.

“Quando a ciência converge de vários laboratórios independentes, é bastante convincente”, disse Casey Lynch, da empresa farmacêutica Cortexyme, sediada em San Francisco, na Califórnia.

A Cortexyme relatou ter encontrado enzimas tóxicas que a bactéria Porphyromonas gingivalis usa para se alimentar do tecido humano – as chamadas gingipains – em 96% das 54 amostras analisadas de cérebros com Alzheimer. A equipe também identificou a própria bactéria em todos os três cérebros com Alzheimer cujos DNAs foram examinados.

A Porphyromonas gingivalis foi encontrada ainda no líquido espinhal de pessoas vivas com Alzheimer – descoberta que pode ajudar no desenvolvimento de um método mais eficaz para diagnosticar a doença.

A Cortexyme já havia desenvolvido moléculas que bloqueiam as enzimas tóxicas gingipains. Em camundongos, essas moléculas reduziram suas infecções, interromperam a produção de amiloide, diminuíram a inflamação cerebral e até recuperaram neurônios danificados.

O antibiótico que mata a bactéria Porphyromonas gingivalis fez a mesma coisa, mas com menos eficácia, e as bactérias rapidamente desenvolveram resistência – o que não ocorreu com os bloqueadores das enzimas tóxicas.

Em outubro, a Cortexyme relatou que o melhor de seus bloqueadores passou nos testes iniciais de segurança em pessoas. Neste ano, a empresa pretende lançar um teste mais amplo do medicamento.

Por sua vez, uma equipe em Melbourne, na Austrália, tem trabalhado no desenvolvimento de uma vacina contra a Porphyromonas gingivalis. Testes foram iniciados em 2018. Uma vacina contra a periodontite seria um grande avanço da medicina – e, se ela também ajudar a deter o Alzheimer, o impacto pode ser enorme.

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