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Ciência Um estudo explica a estrela “mais misteriosa do universo”

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Ilustração mostra a estrela Tabby sendo escurecida por uma constelação de cometas. (Foto: Reprodução)

Uma equipe com mais de 200 pesquisadores deu mais um passo na busca pela resolução do mistério por trás da estrela Tabby, conhecida como a “mais misteriosa do universo”. Trata-se de uma estrela comum, 50% maior e mil graus Celsius mais quente que o Sol, a mais de mil anos luz de distância. Entretanto, inexplicavelmente seu brilho visto por telescópios aumenta e diminui esporadicamente como nenhuma outra. Desde a descoberta do fenômeno, muitas teorias foram apresentadas, incluindo a existência de uma megaestrutura alienígena em sua órbita. As informações são do jornal O Globo.

O mistério envolveu tanto o público que mais de 1,7 mil pessoas doaram de US$ 100 mil em uma campanha de financiamento coletivo para manter um telescópio dedicado à observação da Tabby. A análise dos dados coletados pelo Observatório Las Cumbres praticamente descarta a tese de estrutura alienígena e apresenta uma nova explicação possível.

“Nós esperávamos que finalmente conseguiríamos observar uma redução no brilho acontecendo em tempo real, para que pudéssemos ver se as alterações tinham a mesma extensão em todos os comprimentos de onda. Se fossem quase iguais, sugeriria algo opaco, como um disco em órbita, um planeta ou estrela, ou até grandes estruturas no espaço”, explicou Jason Wright, do departamento de Astronomia da Universidade Penn State. Porém, os pesquisadores encontraram variações nas alterações do brilho entre os diferentes comprimentos de onda.

“Poeira é a razão mais provável para que a luz da estrela escureça ou se ilumine. Os novos dados mostram que diferentes cores de luz são bloqueados em intensidades diferentes. Então, o que está passando entre nós e a estrela não é opaco, como seria esperado por um planeta ou uma estrutura alienígena”, pontuou Tabetha Boyajian, da Universidade Estadual da Louisiana.

Os cientistas observaram a estrela ininterruptamente entre março de 2016 e dezembro de 2017. Em maio do ano passado, aconteceram quatro episódios de redução no brilho da estrela. Os apoiadores da campanha de financiamento coletivo votaram nos nomes dados a esses episódios. Os dois primeiros foram batizados como Elsie e Celeste, e os dois últimos receberam o nome de antigas cidades perdidas: Scara Brae, na Escócia, e Angkor, no Camboja. Para os cientistas, o que estamos observando na estrela tem relação com essas cidades perdidas.

“Elas são antigas, estamos vendo coisas que aconteceram há mais de mil anos”, escreveram os pesquisadores em estudo publicado na quarta-feira (3) no periódico “The Astrophysical Journal Letters“. “Esses eventos quase certamente foram causados por algo comum, ao menos em escala cósmica. E isso os torna mais interessantes, não menos. Mas além de tudo, eles são misteriosos”.

O método usado na pesquisa abre uma nova era na astronomia. O comportamento anormal foi observado, primeiramente, por cientistas voluntários que analisavam montanhas de dados coletados pela missão Kepler, da Nasa. Depois, foi o público que financiou o uso dedicado de um telescópio para o aprofundamento dos estudos.

“Se não fosse pelas pessoas com um olhar imparcial no nosso universo, essa estrela incomum teria sido negligenciada”, comentou Tabetha. “E sem o suporte do público para esta observação dedicada, não teríamos essa grande quantidade de dados.”

Mas ainda existem respostas a serem encontradas. “Esta última pesquisa descarta megaestruturas alienígenas, mas aumenta a plausabilidade de outros fenômenos por trás do escurecimento”, destacou Wright. “Existem modelos envolvendo material circunstelar, como cometas, que eram a hipótese original da Tabetha. Alguns astrônomos também defendem a ideia de que nada está bloqueando a estrela, ela escurece por si própria, e isso também está consistente com os dados.”

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https://www.osul.com.br/um-estudo-explica-estrela-mais-misteriosa-do-universo/ Um estudo explica a estrela “mais misteriosa do universo” 2018-01-04
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