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Brasil Um estudo prevê que o Brasil levará quase três anos para recuperar as perdas causadas pela crise econômica

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A tendência atual de maior convergência entre visões diferentes sobre a economia tem sido puxada pela queda tanto do otimismo quanto do pessimismo extremos. (Foto: Reprodução)

Se o Brasil mantiver o ritmo de crescimento observado desde que a recessão terminou, no final de 2016, a economia brasileira ainda levará 11 trimestres – quase três anos – para conseguir superar de vez os estragos causados pela crise. Trata-se da recuperação mais lenta do País após uma recessão, de acordo com um estudo realizado pelo Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Desde que o Brasil voltou a crescer, no primeiro trimestre do ano passado, o ritmo de crescimento médio do PIB (Produto Interno Bruto) foi de apenas 0,5% por trimestre no período. Diante dessa fraqueza na retomada, a atividade econômica ainda está 5,5% abaixo do patamar observado antes de iniciada a recessão, no último trimestre de 2014.

“O Oaís ainda tem um desafio enorme pela frente para se recuperar da recessão”, afirma Silvia Matos, pesquisadora do Ibre/FGV. A dificuldade de retomada fica ainda mais evidente quando se analisa o comportamento da economia brasileira nas últimas saídas de recessão. A recuperação atual é pior até mesmo do que o observado nos anos 1980, quando o Brasil enfrentou o que os economistas chamaram de década perdida.

No início dos anos 1980, também passados cinco trimestres após o fim daquela recessão, o Brasil tinha um crescimento trimestral médio de 1,3% e precisava crescer 2% para se recuperar da crise. “Este momento lembra muito a crise dos anos 80 por causa da profundidade e duração”, diz Silvia.

Agropecuária

O recorte por setores também revela o quadro difícil da economia para conseguir se livrar dos efeitos da recessão. Em relação ao quarto trimestre de 2014, apenas o agronegócio conseguiu avançar. O setor cresceu 8,2%, um desempenho bem melhor do que o apresentado pela indústria (queda de 8,3%) e serviços (-4,6%).

“E quando se olha em detalhe os setores há casos bastante catastróficos: a construção civil está 16,6% abaixo”, diz a economista e sócia da Tendências Consultoria Integrada, Alessandra Ribeiro.

Motivos

Há várias causas estruturais que explicam a lenta retomada da economia quando comparada com outras recessões, de acordo com economistas. As principais são:

– Ajustes nas finanças das famílias e empresas;

– Incerteza na área fiscal;

– Ciclo de investimentos ruins.

– Finanças das famílias.

Diferente de outras crises, famílias e empresas entraram endividadas na recessão atual. Ou seja: elas primeiros precisam se ajustar para só depois poderem voltarem a consumir e a investir.

“Quando há uma forte alavancagem, a recuperação tende a ser lenta. O governo ainda está longe de resolver o seu endividamento, as famílias melhoraram um pouco e as empresas estão em dificuldade”, diz Alessandra Ribeiro, economista da empresa de consultoria Tendências.

Crise fiscal

A incerteza na área fiscal também tem sido um inibidor para o quadro de investimentos. Sem a clareza do ajuste fiscal, os juros mais longos da economia seguem elevados porque os investidores estão duvidosos de que todas as questões serão resolvidas.

Nos últimos anos, a economia brasileira conseguiu avançar em alguns pontos da agenda fiscal, mas a reforma da Previdência, considerada fundamental para o acerto das contas públicas, vai ficar para o próximo presidente.

“Não está claro se tudo da área fiscal será solucionado. A inflação baixa possibilitou uma queda dos juros no curto prazo. Mas o juro de longo prazo segue elevado. É para esse juro que o investidor olha”, afirma Silvia.

Investimentos

Os economistas também apontam como trava do crescimento a baixa produtividade da economia brasileira. Os investimentos feitos no passado não trouxeram uma aceleração do crescimento econômico.

“Veja o caso do setor automobilístico: os investimentos foram feitos, mas hoje há uma ocioside de oferta. O setor público também faz um investimento ruim em obras de infraestrutura”, diz a economista do Ibre/FGV.

tags: Brasil

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