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Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2019
Roger Stone, um estrategista político do Partido Republicano que atuou como assessor na campanha eleitoral do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2016, foi preso nesta sexta-feira (25), na Flórida, por mentir e obstruir o FBI. A informação foi confirmada pela equipe de Robert Mueller, o procurador especial que conduz a investigação sobre um possível conluio entre a campanha de Trump e a Rússia.
A denúncia apresentada contra Stone aponta o crime de falso testemunho, relativo a declarações que ele deu durante investigações sobre o envolvimento do site Wikileaks na divulgação de dezenas de milhares de documentos roubados do comitê nacional do Partido Democrata durante a campanha presidencial de 2016.
O estrategista também foi denunciado por “obstrução de procedimento” e por corromper uma testemunha para que ela prestasse falso testemunho nas investigações. De acordo com o documento de 24 páginas, Stone teria “feito esforços de maneira corrupta para influenciar, obstruir e impedir o exercício devido e apropriado do poder de investigação da Câmara ou qualquer comitê conjunto com o Congresso”.
Stone teria prestado falso testemunho e deixado de entregar documentos e mentir sobre a existência de documentos exigidos pelo comitê de inteligência da Câmara dos Representantes em Washington.
Segundo a agência de notícias Associated Press, a denúncia apresentada por Robert Mueller não acusa Stone de coordenar com o governo russo a interferência nas eleições de 2016, o tema principal da investigação do procurador.
Discurso
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que adiará o discurso do Estado da União até que a paralisação do governo americano termine, depois que a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, comunicou não ser possível que ele faça o pronunciamento na Casa.
O embate entre as duas mais poderosas lideranças de Washington representa uma escalada no impasse que levou a uma paralisação parcial do governo por mais de 30 dias e que ameaça a economia dos Estados Unidos e o sustento de 800 mil funcionários federais americanos. Trump chegou a cogitar realizar um evento paralelo para proferir o discurso, mas voltou atrás.
“Enquanto acontecia a paralisação, Nancy Pelosi me pediu que fizesse o Discurso do Estado da União. Eu concordei. Depois ela mudou de ideia por causa da paralisação, sugerindo uma outra data. Essa é a sua prerrogativa. Farei o discurso quando a paralisação acabar”, afirmou Trump em tuítes.