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Mundo Um foguete decolou com sondas espaciais para desvendar os segredos do planeta Mercúrio

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O foguete Ariane 5 foi lançado na noite de sexta. (Foto: Reprodução)

Tendo como destino Mercúrio, um foguete Ariane 5 foi lançado na noite de sexta (19), da base de Kourou, na Guiana Francesa, com duas sondas espaciais para tentar desvendar os mistérios deste que é considerado o “elo perdido” dos planetas rochosos.

As duas sondas da missão BepiColombo, a bordo do foguete-lançador europeu, “voltarão como um cavaleiro branco, com melhores dados e mais precisos”, diz Alain Doressoundiram, astrônomo do Observatório de Paris.

Mas, antes de alcançar Mercúrio, as sondas vão viajar durante sete anos e percorrer 9 bilhões de quilômetros.

“Para entender a formação da Terra”, é preciso esclarecer primeiro “a formação dos planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) em seu conjunto. Mas Mercúrio difere de seus similares e não sabemos por que”, disse Doressoundiram.

Para estudar esses mistérios, 16 instrumentos viajam a bordo das sondas, uma da ESA (Agência Espacial Europeia) e outra da Jaxa (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial).

Com diâmetro de 4.879 quilômetros (a Terra tem 12.756), Mercúrio é o menor planeta do Sistema Solar. Para Pierre Bousquet, chefe do projeto da contribuição francesa à missão BepiColombo, Mercúrio é “estranhamente” pequeno.

Essa particularidade sugere que, em sua juventude, Mercúrio sofreu o impacto de um grande objeto. “Há uma enorme cratera visível em sua superfície que poderia ser a cicatriz desse cataclismo”, segundo o engenheiro. A missão Bepicolombo vai tentar estudá-la.

Essa hipótese permitiria explicar também o tamanho incomumente grande do núcleo de Mercúrio (55% da massa total do planeta contra 30% no caso da Terra).

Campo magnético
Com exceção da Terra, Mercúrio é o único planeta telúrico que tem um campo magnético, gerado por um núcleo líquido. Segundo o tamanho do núcleo de Mercúrio, o planeta teria que ter esfriado com o passar do tempo e solidificado, como Marte.

Especialistas têm muitas teorias para tentar entender essa possível anomalia, como a presença de um elemento no núcleo que impediria que o planeta esfriasse. Estudando seu campo de gravidade, as duas sondas poderiam definir a composição e a estrutura do planeta.

Resta explicar por que o núcleo do planeta é diferente do resto dos planetas rochosos, apesar de terem se formado praticamente no mesmo lugar.

Temperaturas extremas

Em Mercúrio, o calor é extremo durante o dia (430°C) e durante a noite a temperatura cai de forma abrupta (- 180°C), uma variação que na Terra ocorreria com a mudança das estações.

Apesar do calor durante o dia, várias missões anteriores revelaram a presença de gelo no fundo das crateras polares.

Os pesquisadores acreditam que esse gelo foi se acumulando ao longo de bombardeios de cometas e teria escapado dos raios ultravioleta do sol.

“É algo que suspeitamos, mas não temos uma prova direta. BepiColombo vai verificar com suas câmeras infravermelhas”, diz o astrônomo Alain Doressoundiram.

“Se for confirmada a presença de gelo, teria também uma amostra de água e alguns traços datariam praticamente do início do Sistema Solar”, diz Pierre Bousquet.

Análise dos ventos solares

Mercúrio é o planeta mais próximo do sol, a 58 milhões de quilômetros (a Terra dista 149,6 milhões de quilômetros de nossa estrela). Por isso, “recebe diretamente os ventos solares”, um fluxo constante de partículas ionizadas que se deslocam a mais de 500 quilômetros por segundo, segundo Bousquet.

Os pesquisadores poderiam estudar o impacto desses ventos – 10 vezes mais fortes que na Terra – sobre o campo magnético do planeta e também explicar como eles afetam a superfície a longo prazo.

Os cientistas temem que na Terra se registre uma tempestade solar potente, capaz de afetar a rede elétrica durante meses ou até anos em algumas regiões.

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