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Mundo Um grupo brasileiro se destacou em uma batalha de robôs e se prepara para um reality show na China

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Ogrobot: equipe mostrará seu robô na China. (Foto: Reprodução/Facebook)

A descarga de choque entre o confronto das lâminas afiadas causa faíscas. Um protótipo lutador encara o outro e a expectativa cresce, pois deve sobrar apenas um depois de três minutos de luta. Essa é a rotina da equipe Ogrobots, que tem base em Sorocaba (SP) e se destaca há mais de quatro anos nas competições entre robôs no Brasil e no mundo.

As competições de URC (Ultimate Robot Combat) são similares às competições de MMA (Artes Marciais Mistas), mas, nesse caso, quem luta são os robôs.

A visão futurista onde dois robôs se enfrentam “até a morte” em ringues se tornou realidade nos últimos anos e atualmente é uma área de interesse para universidades, grupos particulares e empresas do ramo tecnológico.

A última conquista da equipe de Sorocaba foi o convite para participar de um reality show de combate entre robôs na China. A equipe deve embarcar neste sábado (27) para a primeira fase da competição.

Renan Martines, de 27 anos, é engenheiro de controle e automação, líder e piloto da equipe. Em entrevista ao G1, ele diz que, no Brasil, as lutas entre robôs começaram em 2001 em universidades, inclusive ele próprio iniciou a paixão pelo esporte na Universidade Federal de Itajubá, em Minas Gerais. “Quando me formei, não quis abandonar o esporte”.

Robôs de guerra

Em 2013, Renan montou a equipe atualmente formada por Murilo Marin, de 26 anos, engenheiro mecânico, copiloto e membro da divisão de mecânica; Filipe Balestra, de 25 anos, engenheiro mecânico e membro da divisão de mecânica; Helton Franco, de 26 anos, engenheiro de computação e membro da divisão de eletrônica; e Expedito Barros, de 27 anos, engenheiro de controle e automação e membro da divisão de mecânica. Além disso, o Ogrobots conta com a ajuda de amigos durante as competições.

“Quando a gente começou tinha umas ideias mirabolantes, com inspiração em Transformers, tanque de guerra e robô android. Agora nos inspiramos na história dos robôs de guerra. Nós aprendemos com a história, com cada competidor e com cada robô. Com isso, nós migramos para o que é mais eficiente.”

As peças utilizadas pela equipe são, na maioria das vezes, importadas, pois são de trabalho de alta performance. “Nós temos que procurar produtos feitos especialmente para batalhas de robôs e algumas empresas adaptaram os componentes para isso”, explica Renan.

O piloto ainda comentou que a batalha entre robôs é um hobby para a equipe, já que no Brasil não há premiação em dinheiro.

Por isso, as equipes normalmente fazem parcerias com as empresas desenvolvedoras dos componentes robóticos e de usinagem para conseguir descontos.

“Nós temos algumas armas mais comuns, mas são basicamente robôs com duas ou quatro rodas, com estrutura de alumínio naval ou aço com dureza maior, assim cada equipe faz o design para as armas. Nós temos uma barra que faz rotação e arremessa o outro robô em dois metros de altura”.

Ainda de acordo com Renan, a pessoa que pilota o robô tem muita influência na hora da batalha. “Nós temos experiência na área então essa é a nossa vantagem, porque temos estratégia fora da arena e no meio da luta às vezes uma decisão que você toma muda tudo”.

O Ogrobots conta com reconhecimento nacional e internacional. Já são duas medalhas de prata em campeonatos brasileiros.

A equipe conquistou o terceiro lugar na categoria de Peso Pena na considerada maior competição de combate de robôs do mundo, a RoboGames, em Pleasanton, no Estado da Califórnia, nos EUA. “Nós ficamos bem conhecidos na robótica”, comenta Renan.

De acordo com o engenheiro, os robôs da equipe seguem um determinado padrão dentro das categorias. O Ogrobots tem o Buga, robô de peso mosca com 1,5 quilos; o Bugalele, robô de peso leve com 27 quilos; e o Bugasaur, robô de peso pesado com 110 quilos.

Este último foi projetado especialmente para a competição de robôs que será televisionada pelo canal iQiyi, um provedor de programas televisivos na China que tem parceria com a Netflix. O programa será transmitido para 500 milhões de espectadores, audiência média do canal.

Segundo Renan, será a primeira competição oficial na Ásia nos moldes da Battlebots (famoso programa do canal ABC que é transmitido pela Discovery Turbo Brasil).

“A produtora da China está produzindo um reality show com superprodução, onde 36 equipes vão participar e convidaram a gente para a categoria de Peso Pesado.”

A produtora assumiu todos os custos e o robô Bugasaur recebeu um investimento de R$ 75 mil. Ainda de acordo com Renan, a arena da competição será diferente e com apelo ao entretenimento, além da premiação em dinheiro para o primeiro lugar.

“Estamos bastante animados. Como é uma competição televisionada dá uma empolgação maior, porque estamos acostumados com o tipo de competição que a gente participa e agora será com uma superprodução na TV”.

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