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Mundo Um guia para decifrar o Estado Islâmico

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Trata-se da organização cujo niilismo é o mais próximo de aberrações como a Alemanha nazista ou o Camboja de Pol Pot. (Foto: Reprodução)

À medida que a guerra contra o EI (Estado Islâmico) avança e as potências ocidentais – em especial, neste momento, a França, mas também Estados Unidos, Rússia e demais países – se encarregam de tentar extirpar o monstro que surgiu graças a anos de equívocos no Iraque e na Síria, surgirão versões para explicar os fatos, interpretações para as ações militares e debates sobre o melhor a fazer.

É indiscutível que é preciso acabar com o EI. Trata-se da organização cujo niilismo é o mais próximo de aberrações como a Alemanha nazista ou o Camboja de Pol Pot. Mas o islamofascismo tem características próprias e está inserido em um contexto bem mais complexo, que envolve a guerra assimétrica (com ataques terroristas como os de Paris na última sexta-feira), uma máquina de propaganda antenada na mais moderna tecnologia das redes sociais e comunicações à prova de escuta, além de uma batalha regional pelo poder no Oriente Médio extremamente enroscada, em que nenhum dos atores pode ser considerado propriamente “inocente” ou “confiável”.

Quem quer se aprofundar no assunto e entender o que está acontecendo tem à disposição uma quantidade farta de recursos, na internet ou fora dela. Pelo menos quatro livros trazem pontos de vista diferentes e se completam para uma análise consistente. Vários artigos e reportagens completam o mosaico. Abaixo, confira algumas leituras fundamentais.

1) Alguns sites fizeram excelentes guias para acompanhar o EI, como o Vox e o New York Times.

2) Um bom livro introdutório é “Estado Islâmico: Desvendando o Exército do Terror”, de Michael Weiss e Hassan Hassan.

3) Outro livro essencial é “Estado Islâmico: Estado de Terror”, de Jessica Stern e J.M. Berger.

4) Com base nos dois livros, um diplomata de um país da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que preferiu se manter anônimo escreveu, em agosto passado, na New York Review of Books, um artigo provocativo, em que critica a atitude dos comentaristas e analistas tradicionais, concentrados nas explicações militares, financeiras e políticas padronizadas.

5) A antiga chefe da sucursal da revista The Economist no Oriente Médio, Sarah Birke, fez, na New York Review of Books, um relato detalhado sobre como funciona o governo do EI.

6) Um terceiro livro fundamental para entender a ascensão e as características singulares do EI entre todos os movimentos terroristas e jihadistas que já surgiram é “The Isis Apocalypse”, de William McCants.

7) O jornalista e escritor Graeme Wood escreveu, em março passado, um dos diagnósticos mais precisos do EI em um longo artigo para a revista The Atlantic.

8) Um outro livro importante para entender o EI é “Islamic State: the Digital Caliphate”, do ativista palestino Abdel bari Atwan.

9) Em entrevista publicada pela Paris Match, em setembro, o juiz francês Marc Trévidic, até então encarregado do combate ao terrorismo, previu ataques como os da última sexta-feira e lamentou a limitação e as dificuldades do Estado francês para prevenir o terror.

10) O International Centre for the Study of Radicalisation and Political Violence, de Londres (Inglaterra), e o The Washington Institute (EUA) trazem uma série de relatórios e estudos sobre terrorismo.

11) As finanças do EI têm sido objeto de investigações detalhadas. O Financial Times, o New York Times e o Newsweek já trouxeram detalhes sobre essas finanças.

12) No Daily Telegraph, o ex-embaixador do Paquistão nos Estados Unidos Hussein Haqqani descreve a batalha entre as visões medieval e moderna que divide o Islã hoje em todo o mundo. (AG)

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