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Geral Um homem tinha tumor de 13 quilos e achava ser “barriga de chope”

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O americano retirou o tumor no fim do ano passado, mas a notícia só ganhou destaque agora, após ele estar totalmente recuperado – e sem barriga. (Foto: Reprodução)

Um morador de Nova Jersey (EUA) descobriu que a “barriga de cerveja” que ostentava há algum tempo era causada por um tumor de 13,6 kg. Kevin Daly começou a desconfiar que algo estava errado com sua barriga há dois anos, após fazer uma cirurgia para o coração. Na época, o médico disse para ele não se preocupar, pois aquilo era normal para um homem com mais de 60 anos.

Daly então se motivou a perder peso e emagreceu mais de 30 quilos em dois anos, só que sua circunferência abdominal não diminuiu um centímetro. Ele achou estranho e voltou ao médico. De acordo com a Fox News, um exame de tomografia computadorizada revelou que o conteúdo da barriga era, na verdade, um tipo raro de tumor chamado lipossarcoma, que pesava 13,6 kg. O americano retirou o tumor no fim do ano passado, mas a notícia só ganhou destaque agora, após ele estar totalmente recuperado – e sem barriga.

Não existem dados oficiais sobre incidência e prevalência de lipossarcoma no Brasil, mas a estimativa da American Cancer Society para sarcoma de partes moles nos Estados Unidos, em 2016, era de 12.310 novos casos (6.980 em homens e 5.330 em mulheres).

Marcello Ferretti Fanelli, oncologista do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim (SP), ressalta que o problema tem origem na gordura do próprio corpo, não necessariamente a visceral. “Qualquer tumor cresce por um defeito genético na célula. Como o organismo não consegue reconhecer essa proliferação exagerada como algo errado, então só vai aumentando.”

No caso do lipossarcoma, especificamente, como seu crescimento é lento, acaba dando tempo das estruturas corporais se adaptarem e a pessoa não percebe sua existência. Isso porque não há necessariamente um sintoma. O tumor só provoca dor se obstruir ou machucar internamente um órgão.

“O mais estranho neste caso é o médico, que não percebeu uma massa daquele porte (13,6 kg) ao ver ou apalpar o paciente – especialmente durante esse processo de emagrecimento que ele conta ter passado”, avalia Fanelli. “O mais usual, no entanto, é fazer o diagnóstico com a ajuda de um exame de imagem (como ultrassom).”

Como esses tumores podem se espalhar para os tecidos ou órgãos circundantes do corpo, eles são considerados malignos. A primeira abordagem para o tratamento de um lipossarcoma geralmente é cirúrgica. No entanto, o procedimento costuma ser complicado, por conta da localização do tumor – no abdômen e perto de órgãos vitais. “Além disso, é necessário deixar uma margem de segurança na ressecção, de 2 cm, para ter certeza de que não ficou nenhuma ramificação na área”, diz Fanelli.

No caso do americano, o tumor envolveu um de seus rins e demorou quatro horas para ser removido completamente. “Se não fosse possível desconectá-lo totalmente do órgão, por exemplo, seria necessário tirá-lo fora também, para eliminar qualquer foco da doença”, ressalta o oncologista.
Caso o procedimento seja um sucesso, com a retirada de 100% do tumor, o indicado é o paciente passar por um acompanhamento de pelo menos cinco anos, para evitar uma eventual recidiva local ou em outras regiões. Fora isso, a vida pode seguir normalmente.

Contudo, caso não seja possível retirar todo o tumor, é necessário passar por tratamento via radioterapia. “O ideal mesmo é remover tudo já no procedimento cirúrgico, pois quimioterapia não costuma funcionar nesses casos”, diz.

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