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Mundo Um juiz vai pedir ao Senado argentino que retire o foro privilegiado de Cristina Kirchner

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A ex-presidente Cristina Kirchner cumpre mandato de senadora desde o ano passado. (Foto: Reprodução)

O juiz federal argentino Claudio Bonadio deve pedir nos próximos dias que o Senado do país remova o foro privilegiado da ex-presidente Cristina Kirchner, que cumpre mandato de senadora desde o ano passado, no contexto das investigações de um esquema de corrupção em obras públicas envolvendo ex-funcionários kirchneristas e grandes empresários, segundo informações dos jornais “La Nación” e “Clarín”.

Este deve ser o segundo requerimento do tipo feito por Bonadio contra Cristina – o juiz fez pedido semelhante em 2017 com o objetivo de prendê-la no contexto de outra investigação, mas o pedido está até hoje em avaliação pelos legisladores. Cristina negou em reiteradas ocasiões as acusações contra ela.

Cristina foi convocada juiz federal para prestar declarações no dia 13, mas não se sabe se na condição de testemunha ou indiciada. Ela deve ser a 18ª e última pessoa ouvida pelo magistrado, que analisou os oito cadernos manuscritos de Oscar Centeno, ex-motorista de Roberto Baratta, ex-subsecretário de Coordenação e Gestão do Ministério de Planejamento, apontado como responsável por distribuir o dinheiro da propina.

Segundo a apuração, durante anos muitas das empresas mais importantes da Argentina entregaram milhões de dólares no esquema, que terminariam na casa particular dos Kirchner, na Quinta de Olivos ou no escritório da chefia de gabinete.

Como Cristina está sob proteção do foro privilegiado, não pode ser conduzida coercitivamente para ser ouvida pela Justiça caso não compareça na data estipulada pelo juiz. Seus imóveis também não podem ser alvos de mandados de busca e apreensão e ela não pode ter a prisão preventiva declarada pelo magistrado.

Fontes ouvidas pelos diários informaram que, inicialmente, o juiz considerou desnecessário um novo pedido de remoção do foro da ex-presidente porque a solicitação de 2017 ainda continua vigente. Ele teria mudado de ideia depois de ter enviado ofício ao Senado questionado sobre o trâmite deste primeiro pedido.

A ex-presidente argumenta que Bonadio é um juiz parcial e responde aos interesses do governo do presidente Mauricio Macri.

Esquema de propina

Oscar Centeno, o motorista que registrou em oito cadernos o esquema de propina entre grandes empresas e funcionários da área de obras públicas do período kirchneristas, aceitou nesta quinta-feira um acordo de delação premiada e “forneceu muitas informações”, disse o procurador federal Carlos Stornelli. Ele é acusado de enriquecimento ilícito e formação de quadrilha para obter propinas.

O conteúdo de sua declaração não foi divulgado, mas suas anotações registram o transporte de US$ 160 milhões em subornos. Também incluem os nomes de políticos e empresários por ele conduzidos e os locais de partida e destino.

Centeno já é considerado um delator na investigação, artifício jurídico que permite reduzir a pena de um acusado ou mudar seu regime de prisão em troca de informações sobre o esquema investigado. Neste caso, há 36 pessoas envolvidas. Já foram feitas 34 buscas nas casas dos suspeitos. Houve apreensão de 14 automóveis e cerca de US$ 50 mil em dinheiro.

Dez funcionários do governo, entre eles Roberto Baratta, ex-subsecretário de Coordenação e Gestão do Ministério de Planejamento – para quem Centeno trabalhava –, e dois empresários foram presos. Outros foram convocados a depor, entre eles a senadora e ex-presidente Cristina Kirchner.

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