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Mundo Um líder opositor russo e mais de mil pessoas foram presos em um protesto contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin

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Em Moscou, a polícia usou gás lacrimogêneo e força bruta para dispersar os manifestantes. (Foto: Reprodução)

O líder opositor russo Alexei Navalny e mais de 1,5 mil dos seus partidários foram detidos neste sábado (5) durante manifestações contra o governo em toda a Rússia, dois dias antes da posse de Vladimir Putin para um quarto mandato presidencial.

As autoridades, no entanto, não autorizaram os protestos em Moscou e São Petersburgo. Navalny foi preso assim que chegou ao protesto na capital russa. Milhares de manifestantes se reuniram em muitas cidades do país sob os lemas “A Rússia será livre!” e “Abaixo o czar!”.

De acordo com a organização OVD-Info, especializada no monitoramento das prisões, pelo menos 1.599 partidários de Navalny foram detidos pela polícia durante o dia, incluindo 702 em Moscou, 232 em São Petersburgo e 164 em Chelyabinsk, nos Urais. “As prisões foram brutais”, indicou a organização, observando que algumas pessoas detidas sofreram arranhões e contusões. Pelo menos uma pessoa foi hospitalizada, enquanto muitos adolescentes estão entre os manifestantes presos, disse a fonte.

Em Moscou, a polícia usou gás lacrimogêneo e força bruta para dispersar os manifestantes, mas centenas de partidários da oposição se reuniram no final da tarde na Praça Pushkin, no Centro da capital russa, de acordo com jornalistas no local.

A polícia informou em um comunicado que deteve e levou cerca de 300 manifestantes a delegacias de Moscou e outros 200 em São Petersburgo.

Alexei Navalny foi preso logo após sua chegada à manifestação em Moscou, sob os aplausos da multidão, que gritava “vergonha!” em ucraniano, em referência a um famoso lema do levante pró-europeu da Praça Maidan em Kiev em 2014.

A organização Anistia Internacional denunciou em um comunicado “a dispersão violenta da manifestação em Moscou” e o uso “desproporcional” da força pela polícia.

“Putin ladrão!”

Manifestantes da oposição entraram em confronto com militantes pró-Kremlin, que também se reuniram no Centro de Moscou.

Em São Petersburgo, a segunda maior cidade do país, milhares de pessoas marcharam na Nevsky Prospect, a famosa artéria central da antiga capital imperial, gritando “Putin, ladrão!” e “Fora Putin!”.

Alguns manifestantes tentaram bloquear o tráfego de carros antes da intervenção da polícia. Os manifestantes jogaram ovos e garrafas de água na polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo.

“Navalny pediu no YouTube para não deixarmos as eleições passarem em silêncio. Putin é um ladrão, ele forçou as pessoas a votarem”, disse Katia, manifestante de Moscou de 15 anos.

“Toda geração tem sua própria revolução. A minha é agora e vou contar aos meus filhos como libertei a Rússia de Putin, um ladrão que achava que era um czar”, disse Anton, outro manifestante de 22 anos.

Vários militantes pró-Navalny já haviam sido presos em manifestações na véspera, e algumas instalações da oposição foram invadidas pela polícia.

“O velho covarde Putin pensa que é um czar. Não é um czar e é por isso que temos protestar em 5 de maio”, escreveu Alexei Navalny no Twitter na sexta-feira (4).

Os observadores temiam que os protestos pudessem degenerar em confrontos com a polícia, seguidos de detenções em massa, como foi o caso durante os protestos contra o terceiro mandato de Putin em maio de 2012.

Na véspera de sua posse, em 6 de maio de 2012, uma manifestação contra o Kremlin na praça Bolotnaya, em Moscou, foi marcada por violentos confrontos com a polícia. Vários manifestantes foram condenados a até quatro anos e meio de prisão pela violência em um processo denunciado por organizações de direitos humanos.

Vladimir Putin se prepara para tomar posse na segunda-feira (7) para um quarto mandato, depois de mais de 18 anos de poder como chefe de Estado ou de governo.

Navalny não conseguiu concorrer na eleição presidencial de 18 de março, vencida por Putin com mais de 76% dos votos, por causa de uma condenação judicial que ele denuncia como perseguição política pelo Kremlin. A oposição e os observadores internacionais denunciaram fraudes eleitorais.

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