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Mundo Um médico foi acusado de falsificar resultados de pesquisas por anos

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Segundo declaração das instituições envolvidas, o médico Piero Anversa falsificou cerca de 30 artigos científicos. (Foto: Reprodução)

Uma das revistas médicas mais prestigiada dos Estados Unidos, a “NEJM (New England Journal of Medicine)”, retirou na quarta-feira (17) um artigo sobre células-tronco acusado de falsificação. Cerca de 30 artigos do autor principal seriam falsos.

Em uma declaração extraordinária, a escola de medicina de Harvard e o hospital afiliado Brigham and Women, em Boston, acusaram o médico Piero Anversa, ex-diretor de laboratório nessas instituições, de ter “falsificado e/ou inventado dados” publicados em 31 artigos.

As instituições disseram aos sites especializados “STAT” e “Retraction Watch” que solicitaram às revistas que retirassem os artigos publicados de autoria de Anversa. No mundo das pesquisas científicas, uma retratação é a pior rejeição para o trabalho de um pesquisador. Significa que o artigo ou estudo apresenta sérios problemas ou erros, intencionais ou não.

Neste caso, o artigo que a NEJM retirou havia feito muito barulho em 2011. Vários meios de comunicação, incluindo o G1 e a AFP, deram cobertura. O doutor Anversa havia anunciado a descoberta das primeiras células-tronco para a regeneração dos pulmões, dizendo que poderiam abrir caminho para o tratamento de doenças pulmonares crônicas.

O pesquisador anunciou várias “descobertas” sobre células-tronco cardíacas, ganhando notoriedade e poder nesse campo, o que, por sua vez, teria permitido que ele recebesse 10 milhões de dólares de recursos públicos.

Mas há vários anos aumentaram as dúvidas sobre a veracidade de seu trabalho. Outros pesquisadores não puderam replicar seus resultados. Os artigos foram corrigidos e, em 2014, haviam feito uma retratação, na revista americana “American Heart Association”, Circulation. Depois vieram mais 30.

“Um princípio fundamental da ciência é que todos os artigos publicados devem se basear nas práticas de pesquisa rigorosas. Quando essas práticas se desviam da norma, as consequências são graves para toda a ciência. A comunidade científica é interdependente e dependente do rigor e boa fé dos pesquisadores”, acrescentaram em um comunicado Harvard e Brigham and Women.

Células-tronco

Cientistas espanhóis descobriram enormes reduções nos reservatórios do HIV-1 (Vírus da Imunodeficiência Humana) de cinco pacientes que foram submetidos a tratamento com transplante de células-tronco, de acordo com uma pesquisa publicada na revista Annals of Internal Medicine.

Os reservatórios latentes de HIV são as células do corpo onde o HIV é capaz de persistir mesmo quando os pacientes estão em terapia antirretroviral. Se alguém diagnosticado com HIV não tomar a medicação, a quantidade de HIV no corpo (chamada carga viral) aumentará. Embora os medicamentos possam suprimir as cargas virais, eles não podem eliminar completamente os reservatórios latentes do HIV.

No entanto, de acordo com pesquisadores do Instituto IrsiCaixa de Pesquisa sobre Aids em Barcelona e do Hospital Gregorio Maranon em Madri, o tratamento com transplante de células-tronco foi capaz de reduzir significativamente os reservatórios de HIV de menos de 0,006 unidades infecciosas por milhão de células. Cargas virais com menos de 50 cópias de HIV por mililitro de sangue são consideradas “indetectáveis”.

Os cientistas deram aos seus pacientes transplantes de células-tronco alogênicas, um procedimento no qual uma pessoa recebe células-tronco formadoras de sangue de cordões umbilicais e medula óssea de doadores geneticamente semelhantes.

De acordo com o relatório, a análise dos reservatórios virais mostrou que cinco dos seis pacientes no estudo tinham RNA do HIV indetectável (que mede o nível de anticorpos que combatem o HIV) no sangue e todos os seis tinham cargas virais indetectáveis no seu cérebro. O único participante com RNA de HIV detectável recebeu células estaminais do sangue do cordão umbilical com uma globulina antitimócito, que é uma infusão de anticorpos derivados de cavalo ou coelho contra células T humanas (um tipo de glóbulo branco que desempenha um papel importante na imunidade celular).

O estudo foi inspirado no caso de Timothy Brown, um americano considerado a primeira e única pessoa a ser curada do HIV. Ele é muitas vezes referido como “O Paciente de Berlim”, porque foi diagnosticado com o vírus em 1995, enquanto estudava em Berlim, na Alemanha.

O HIV de Brown foi curado após ser submetido a um procedimento conhecido como transplante de células-tronco hematopoiéticas para tratar sua leucemia em 2007. O procedimento envolve o transplante de células tronco multipotentes geralmente derivadas de medula óssea, sangue periférico ou sangue do cordão umbilical.

O doador de Brown tinha uma mutação chamada CCR5 Delta 32, que torna as células do sangue imunes ao HIV, bloqueando o vírus de se ligar a elas. Após o procedimento, Brown parou de tomar a medicação antirretroviral e, até hoje, permanece completamente livre do HIV.

 

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