Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2018
As autoridades da Indonésia confirmaram a morte de um dos mergulhadores que procuravam a caixa-preta do Boeing 737 MAX 8, da Lion Air, que caiu no mar na última segunda-feira, apenas 13 minutos após decolar do Aeroporto de Jacarta, capital indonésia, com 189 pessoas a bordo, sem deixar sobreviventes.
A vítima foi identificada como Syahrul Anto, membro da Equipe de Mergulhadores de Resgate da Indonésia. O diretor da Agência Nacional de Busca e Resgate Nacional (Basarnas), Muhammad Syaugi, disse que o mergulhador saiu inconsciente de uma imersão e morreu quando foi internado no Hospital Regional Koja, em Jacarta.
As autoridades encontraram, na quinta-feira, uma das caixas-pretas do avião, após a equipe ter percebido a emissão de sinais que o dispositivo emitia. Investigadores tentam recuperar os dados do dispositivo, mas ele se encontra parcialmente danificado.
Agora, a equipe de mergulhadores indonésios procuram a segunda caixa-preta do avião. “Não extraímos os dados da caixa preta já encontrada porque há partes quebradas”, disse Haryo Satmiko, funcionário do comitê de segurança em transportes do país.
Antes do acidente, o piloto da aeronave chegou a solicitar autorização para retornar a Jacarta, de onde decolara alguns minutos antes. Ele emitiu um alerta pelo rádio minutos após a decolagem devido a problemas técnicos.
A Lion Air informou que o avião estava em operação desde agosto e que o seu piloto e copiloto acumulavam 11 mil horas de voo.
Autoridades trabalham com a hipótese de que a tragédia teria sido provocada por uma falha em um instrumento de bordo.
O avião seguia para Pangkal Pingang, localidade de trânsito para os turistas que visitam a ilha vizinha de Belitung.
O Comitê de Segurança de Transportes Nacionais da Indonésia informou que a aeronave transportava 178 passageiros adultos, uma criança, dois bebês, dois pilotos e seis membros da tripulação. Entre eles, estavam 20 funcionários do Ministério das Finanças indonésio e o ex-ciclista italiano Andrea Manfredi.
A emissora BBC, que teve acesso a um relatório técnico sobre o voo, citou uma “falta de confiabilidade” de um instrumento para medir a velocidade e divergências nas medições da altitude entre os aparelhos do piloto e do copiloto. A companhia aérea não respondeu aos pedidos de entrevista da emissora. A Boeing se declarou “profundamente triste” e “disposta a dar assistência técnica à investigação do acidente”.