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Brasil Um ministro de Temer disse que indulto é “ação humanitária” e que reação é “natural”

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Reação da procuradoria revela o pensamento do acusador, diz Marun. (Foto: SeGov)

O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) afirmou que o indulto de Natal editado pelo presidente Michel Temer foi uma “ação humanitária” e que a reação da PGR (Procuradoria-Geral da República) aos benefícios “revela o pensamento do acusador”.

“O indulto é uma ação humanitária que acontece historicamente desde o Império e beneficia condenados por crimes não violentos que já tenham cumprido uma parte da sua pena”, disse nesta sexta-feira (29).

Para Marun, apesar de estabelecer regras que ampliam o horizonte de condenados que podem ser beneficiados, o decreto do governo seguiu os princípios de indultos anteriores.

“Como acontece todos os anos, foi publicado um decreto que é uma prerrogativa do presidente e não fugiu de forma alguma aos princípios do indulto”, declarou.

A decisão de Temer de criar regras mais generosas foi frustrada pela PGR e pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A ministra Cármen Lúcia, presidente da corte, suspendeu trechos do decreto na quinta-feira (28).

O Palácio do Planalto ficou incomodado principalmente com críticas da PGR e de investigadores da força-tarefa da Lava-Jato, que atacaram publicamente o presidente pela edição do decreto.

Marun disse que a reação é “natural”. “A reação da procuradoria revela o pensamento do acusador. É natural que existam algumas reações, desde que não seja ferido o princípio da harmonia entre os poderes”, afirmou.

Negociação

O governo havia sinalizado que publicaria um novo decreto de indulto natalino para substituir os trechos que foram suspensos pelo STF, com o Planalto elaborando um texto que concederia o benefício a parte dos condenados que seriam favorecidos pela medida original.

A visão é de que para evitar um conflito com o Judiciário, o presidente acataria as observações feitas pela ministra Cármen Lúcia e evitar que o episódio amplie o desgaste entre o Executivo e o Judiciário.

Na tarde desta sexta-feira, porém, o governo anunciou que não publicará novo decreto de indulto natalino e que aguardará o julgamento do Supremo após o recesso. O governo também afirmou que a decisão de Cármen Lúcia “impede, neste momento, que milhares de condenados por crimes sem grave ameaça ou violência à pessoa possam se beneficiar do indulto, contrariando a nossa tradição”.

Em decisão provisória, a presidente do Supremo suspendeu o indulto a condenados que cumpriram um quinto da pena, se não reincidentes, e um terço da pena, se reincidentes, nos casos de crime sem grave ameaça ou violência a pessoa. A liminar também atinge o artigo que livra o condenado de pagamento de multas.

A ideia de conceder um indulto mais abrangente partiu do próprio presidente, que tem uma “visão mais liberal” sobre o benefício, segundo o ministro Torquato Jardim (Justiça). Temer foi criticado por ampliar o horizonte de favorecidos pela medida no momento em que as investigações da Operação Lava-Jato atingem seus principais aliados políticos.

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