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| Um ministro do Superior Tribunal de Justiça usou a sua conta no Twitter para fazer uma enquete sobre o eventual retorno dos tanques às ruas. O resultado mostrou que 51% dos participantes disseram “Não”

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A autorização foi dada no domingo (23), em caráter liminar, pelo ministro do TSE Og Fernandes. (Foto: STJ/Arquivo)

O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Og Fernandes utilizou a sua conta no Twitter para fazer uma enquete que motivou diversas críticas nas redes sociais. A pergunta: “O Brasil deve sofrer intervenção militar?”. Diante de repercussão negativa, ele argumentou que o questionamento foi neutro, sem qualquer intenção de induzir a resposta. Por um lado, ele defendeu a ideia de que esse assunto não pode ser tabu, ao mesmo tempo em que chamou a atenção para a necessidade de fortalecimento da democracia do País.

Realizada na quinta e na sexta-feira, com 37 mil votos, a consulta obteve 51% votos pelo “Não” e 49% pelo “Sim”. Os comentários dos internautas passaram de 1,5 mil, incluindo manifestações de repúdio à proposição do debate sobre o tema em pleno regime democrático. Também não faltaram brados de apoio à ideia da volta do regime militar ao poder, 33 anos após o fim da ditadura que comandou o Brasil de 1964 a 1985.

Fernandes disse que costuma fazer enquetes sobre temas que estão no noticiário nacional e que costuma retuitar (replicar) no Twitter a notícia que motiva a enquete. No caso, era uma publicação sobre uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas com a chamada de que “43% dos brasileiros querem intervenção militar”.

A reportagem questionou diversas vezes o ministro sobre que resposta ele daria à enquete que ele próprio formulou. Primeiro, ele alegou que o Twitter não permite o voto do criador da enquete. Depois, disse que não queria dar opinião sobre o tema porque é um “crítico do protagonismo da magistratura”. Por fim, posicionou-se: “Quando eu digo que eu sou a favor da democracia, já sou claro em relação ao que eu penso”.

Visibildade

O ministro sustentou que a enquete foi pertinente: “Tivemos um tema que foi tratado, visto pela sociedade. O que só reforça a minha ideia de que está no inconsciente coletivo da sociedade discutir o tema. A questão é em que termos discutir isso, sem intolerância, sem atitudes que revelem um comportamento inadequado, e pleitear cada vez mais pela própria democracia”.

Ele disse, ainda, que foi bom saber a opinião de seus seguidores na rede social, uma das mais populares da internet. “Para mim, foi útil para sentir temperatura dos seguidores e de como tá o país no momento”, ressaltou. Pernambucano, Og Fernandes foi jornalista em Recife (PE) antes de entrar na magistratura, no início da década de 1980. Hoje, dá palestras sobre Comunicação e Judiciário – neste, foram duas.

Ele também comentou uma declaração de um general do Exército feita nesta semana em um evento da ACPA (Associação Comercial de Porto Alegre): “Imagine se eu digo isso, como seria mal interpretado? A população precisa se acalmar e precisa que tenhamos uma posição que o País caminhe para a sua normalidade, sem os fantasmas com os quais eu convivi. Essa geração de hoje não experimentou um período autoritário”.

Mesmo sem querer opinar diretamente sobre o assunto, ele avaliou que a democracia pode ser fortalecida pelos agentes políticos. “Não sou eu quem deve chamar esse tema para reforçá-lo sempre. É conversar e convencer a sociedade de que o caminho em que nós estamos, com todas as vicissitudes, é um caminho que precisa ser aperfeiçoado”, disse.

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