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Brasil Um ministro do Supremo autorizou a Polícia Federal a cruzar dados de inquéritos que investigam o presidente Michel Temer

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O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, foi procurado por renomado advogado e dele ouviu que a próxima pauta progressista na Corte será o direito constitucional ao poliamor. (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta terça-feira (21) a PF (Polícia Federal) a cruzar informações de dois inquéritos em que o presidente Michel Temer está entre os investigados.

Um dos inquéritos foi aberto para apurar o chamado decreto dos portos. A suspeita é a de que Temer tenha editado o decreto para beneficiar empresas específicas do setor, o que o presidente nega.

Em outro inquérito, é investigado o repasse de R$ 10 de milhões pela Odebrecht ao MDB, num jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial de Temer.

Agora, com a decisão de Barroso, depoimentos, indícios e documentos sobre o caso dos portos também poderão ser avaliados na investigação sobre os repasses da Odebrecht.

“Como se sabe, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal admite que elementos informativos de investigação criminal ou provas colhidas no bojo de instrução penal, ainda que sigilosos, possam ser compartilhados para fins de instruir outro processo criminal”, decidiu o ministro, citando que o entendimento consolidado do STF permite que provas coletadas numa investigação sejam utilizadas em outro inquérito.

O prazo para a PF concluir as investigações no caso dos portos termina no começo de setembro – foram autorizadas até o momento três prorrogações.

O inquérito foi aberto no ano passado a partir de depoimentos em delação premiada de executivos do grupo J&F e apura se um decreto editado por Temer tinha por objetivo beneficiar empresas que atuam no porto de Santos (SP), o maior do País. O presidente nega que o decreto tivesse essa finalidade.

Já o inquérito sobre repasses da Odebrecht deve ser concluído até o começo de outubro.

O caso se refere a um jantar no Palácio do Jaburu em maio de 2014, em que se teria acertado o repasse ilícito de R$ 10 milhões ao MDB. De acordo os delatores da Odebrecht, teriam participado da reunião Eliseu Padilha, o então presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, o ex-executivo Cláudio Melo Filho, e o então vice-presidente Michel Temer.

O inquérito, aberto em março do ano passado com base na delação de executivos da Odebrecht, busca indícios de pagamento de propina pela empreiteira na Secretaria de Aviação Civil, que já foi comandada por Padilha e Moreira Franco entre 2013 e 2015.

De acordo com o depoimento de Cláudio Melo Filho ao MPF (Ministério Público Federal), no encontro, Temer pediu “direta e pessoalmente” a Marcelo Odebrecht apoio financeiro para as campanhas do MDB em 2014. Todos negam as suspeitas.

Quando o caso veio à tona, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, excluiu Temer do inquérito por entender que o presidente não poderia ser investigado por fatos anteriores ao mandato.

A Constituição diz que, durante o mandato, o presidente não pode ser “responsabilizado” por atos estranhos ao exercício de suas funções. A atual procuradora-geral da República, Raquel Dodge entende, no entanto, que isso não blinda Temer de investigações. Para ela, a investigação deve ocorrer para evitar que se percam provas.

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