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Brasil Projeto que dificulta aborto foi alterado para facilitar aprovação no Senado

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A chamada PEC da Vida foi alterada pela relatora, a senadora Selma Arruda (PSL-MT). (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Centro da polêmica no Congresso Nacional sobre o aborto, a chamada PEC (proposta de emenda à Constituição) da Vida foi alterada pela relatora, Selma Arruda (PSL-MT), na tentativa de facilitar a aprovação no Senado. A senadora acrescentou, no texto, duas das três atuais previsões legais para o procedimento de interrupção da gestação. A PEC estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) desta quarta-feira (24), mas a discussão foi adiada porque houve um pedido de vista. As informações são do jornal O Globo e da Agência Senado.

Desarquivada em fevereiro pelo plenário, a proposta de emenda à Constituição acrescenta ao artigo 5º que a inviolabilidade do direito à vida é garantida “desde a concepção”. O texto é do ex-senador Magno Malta (PR-ES) e havia sido arquivado pelo fim da legislatura. Ao decidirem retirá-lo da gaveta, líderes partidários fizeram acordo para resguardar atuais previsões legais para o aborto.

Hoje, há três situações em que o procedimento é considerado legal: estupro, risco de vida à mulher e feto anencéfalo. Em seu relatório, Selma defende o texto de Magno Malta, mas acrescenta que o aborto não é punível “exclusivamente” em dois casos: “se não há outro meio de salvar a gestante” e “se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando absolutamente incapaz, de seu representante legal”.

Supremo

Em 2012, o Supremo decidiu que o aborto também é permitido no caso de fetos anencefálicos. A senadora, no entanto, deixou de fora a previsão legal para o procedimento nesses casos. Para senadores, o tema pode voltar ao Supremo. Eles preveem que, se a proposta for aprovada, novas ações sobre aborto de fetos anencefálicos serão apresentadas.

Hoje, no Supremo, já há algumas ações que tratam do tema aborto. Está pautado para maio o julgamento de um processo que discute a possibilidade de o procedimento ser feito no caso de grávidas infectadas com zika. Outra ação, ainda sem data de julgamento, pede a descriminalização do procedimento até as 12 semanas de gestação.

Grupo de senadores que defendem a proibição do aborto pedem pressa na votação da PEC. Querem que o tema seja vencido no Congresso antes de essas ações serem julgadas pelo Supremo.

Votação

A votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) está prevista para o dia 8 de maio. No relatório, Juíza Selma argumenta que “o direito à vida desde a concepção é o [direito] principal de todos os direitos humanos”.

“Os fatos comprovam os danos causados pelo aborto provocado à saúde das mulheres: aumento de suicídio, aumento de depressão, transtornos mentais, ansiedade e tantas outras sequelas com impacto físico, emocional e mental”, disse.

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https://www.osul.com.br/um-projeto-que-dificulta-o-aborto-foi-alterado-para-facilitar-sua-aprovacao-no-senado/ Projeto que dificulta aborto foi alterado para facilitar aprovação no Senado 2019-04-25
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