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Mundo Um protesto contra a pornografia com câmeras secretas reuniu milhares de pessoas na Coreia do Sul

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Desde 2004, o país determinou que os celulares e smartphones devem emitir um ruído alto quando registrar um vídeo ou fotografia. A ideia é que, em caso de gravações escondidas, a vítima consiga reconhecer o som. (Foto: Reprodução)

Milhares de sul-coreanas se manifestaram nesse sábado em Seul exigindo punições mais duras contra os homens que filmam secretamente banheiros públicos e vestiários e publicam as imagens na internet – uma prática que está no seu auge e provoca cada vez mais indignação.

Cerca de 70 mil mulheres participaram da manifestação, segundo as organizadoras, apesar de uma onda de calor sem precedentes que levou os termômetros aos 37ºC. “Os banheiros femininos deste país estão cheios de câmeras escondidas! Por favor, reprimam estes crimes”, pediam as manifestantes na praça Gwanghwamun de Seul.

“Não podemos continuar vivendo assim” ou “Coreia do Sul: o país das câmeras secretas” eram algumas das frases em cartazes. Muitas das manifestantes cobriram seus rostos com panos, chapéus, óculos de sol ou máscaras cirúrgicas, depois que participantes de protestos anteriores foram vítimas de perseguição virtual e ameaças.

Essas manifestações começaram em maio em Seul e, desde então, foram batendo recordes a cada mês, até se tornaram os maiores protestos organizados por mulheres na Coreia do Sul, onde o movimento #MeToo desatou uma onda sem precedentes de ativismo feminista.

As organizadoras estimam que neste sábado se reuniram 10 mil mulheres a mais que na semana passada.

A Coreia do Sul, quarta maior economia da Ásia, é conhecida por seus avanços tecnológicos que também favoreceram o fenômeno dos vídeos roubados, que são publicados em fóruns da internet, serviços de troca de arquivos ou utilizados como anúncios em sites que promovem a prostituição.

A polícia registrou 6.500 infrações no ano passado, em comparação com 1.100 em 2010. Os condenados são, em sua maioria, homens, de professores de escola a médicos, passando por religiosos, funcionários públicos, policiais e até mesmo um juiz.

As manifestantes pedem para o governo endurecer a punição, já que, em muitos casos, os culpados só recebem uma multa ou são condenados a penas de prisão com concessão de sursis (suspensão condicional da pena).

Ruido alto

Desde 2004, o país determinou que os celulares e smartphones devem emitir um ruído alto quando registrar um vídeo ou fotografia. A ideia é que, em caso de gravações escondidas, a vítima consiga reconhecer o som.

No entanto, a estratégia não tem dado muito certo: aplicativos conseguem silenciar o celular. Outro problema é que os vídeos também são gravados com câmeras muito pequenas, às vezes escondidas em mochilas, paredes, sapatos e banheiros.

O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, afirmou recentemente que esse crime acabou virando “parte da vida diária no país”. Na semana passada, ele disse em uma reunião de gabinete que os infratores deveriam “sofrer danos maiores do que os danos que infligem (às vítimas)”. Moon Jae-in pediu às autoridades que procurem punições mais fortes, como notificar uma empresa quando um de seus funcionários for divulgador desse material.

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