Sexta-feira, 29 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Um terremoto atingiu a região central da Itália e provocou pânico

Compartilhe esta notícia:

O terremoto deste domingo foi seguido por duas réplicas de magnitude 3,2 e 2 na escala Richter. (Foto: Reprodução)

Uma nova sequência de terremotos atingiu algumas regiões no centro da Itália na madrugada deste domingo (1), na mesma área devastada por tremores em 2016 e 2017. Até o momento, não há informações sobre vítimas ou danos. No entanto, o tremor de terra provocou pânico entre os moradores do centro do país.

De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), o primeiro sismo ocorreu às 2h02 (horário local) com magnitude de 4.1 graus na escala Richter. Seu hipocentro foi registrado a 8km de profundidade e o epicentro a 4km da cidade de Norcia, 13km de Arquata del Tronto, e 14km de Accumoli.

O terremoto deste domingo foi seguido por duas réplicas de magnitude 3,2 e 2 na escala Richter e precedido por outros quatro abalos de 2,8 e 2 graus, com epicentro próximo a Trevi, em Perugia. Os tremores de magnitude 4.1 e 3.2, em particular, também foram sentidos em Rieti e nas províncias de Ascoli Piceno, Macerata e Ancona.

Em 2016, a mesma região foi devastada por uma sequência sísmica, iniciada no dia 24 de agosto. Na época, os fenômenos provocaram a morte de 333 pessoas e 23 bilhões de euros em danos.

Antechoques

Há décadas, os cientistas buscam pistas que indiquem um terremoto iminente. Equipes já analisaram atividade eletromagnética, padrões climáticos e outros recursos apenas para descartá-los como possíveis indicativos desses eventos de destruição rochosa.

Os únicos possíveis precursores de destaque foram os antechoques, discretos tremores que podem ocorrer antes de um evento principal maior. Em experimentos de laboratório, foram observados antechoques antes de quase todos os terremotos simulados. Mas esse padrão não é observado nos dados reais referentes a terremotos, o que incomoda os sismólogos.

Agora, porém, um catálogo de alta resolução de milhões de terremotos no sul da Califórnia pode ter desvendado o mistério.

Em um recente estudo publicado na revista científica Geophysical Research Letters, os cientistas examinaram um enorme conjunto de dados referente a grandes e pequenos abalos sísmicos na região, e relataram um aumento diferente na atividade sísmica nas semanas e dias que antecederam a maioria dos terremotos. As descobertas não apenas estabelecem relações entre os estudos em laboratório e os terremotos do mundo real, como também reforçam a ideia de que os antechoques possam, um dia, ser usados como sinais de alerta, aumentando a nossa capacidade de prever terremotos no futuro.

“É um primeiro passo e um grande avanço no que diz respeito ao nosso conhecimento sobre processos sísmicos”, diz Wendy Bohon, geóloga do Incorporated Research Institutions for Seismology, que não participou do estudo.

Prevendo tremores

A maioria dos terremotos ocorre ao longo de falhas ou profundas rachaduras na crosta, onde blocos deslizam um contra o outro e criam atrito. Esse processo cria tensão na crosta, que é posteriormente liberada de forma repentina como energia sísmica, produzindo um terremoto. Bohon compara um terremoto ao ato de quebrar um lápis: é possível ver o lápis se curvar um pouco conforme aplica mais pressão, mas em determinado ponto, tensão suficiente se acumula e o lápis quebra.

Quase 75% dos terremotos ocorrem ao longo dos limites de placas tectônicas, que cobrem milhares de quilômetros da superfície da Terra. Sabemos que os terremotos estão constantemente abalando o nosso planeta, tanto que os geólogos podem afirmar com confiança que há 100% de chance de terremotos acontecerem todos os dias em algum lugar da Terra. Somente no sul da Califórnia, os dados demonstram que um terremoto ocorre quase a cada três minutos, em média.

No entanto é muito mais difícil saber exatamente onde e quando ele irá ocorrer. Isso se deve em parte porque os terremotos são difíceis de serem observados diretamente, uma vez que são desencadeados muitos quilômetros abaixo da superfície da Terra. Dessa forma, os cientistas normalmente utilizam experimentos em laboratório para simular terremotos e desvendar seus segredos.

Dados de tais experimentos sugerem que é possível que os principais terremotos sejam precedidos por antechoques, sendo que pequenas rachaduras se alastram ao longo da falha quando a tensão acumulada atinge um nível crítico.

Mas “terremotos reais são um sistema muito mais complexo do que os nossos simples experimentos de laboratório”, diz o autor Daniel Trugman, sismólogo do Laboratório Nacional Los Alamos.

Além disso, espera-se que os antechoques sejam relativamente fracos e, há muito tempo, distinguir ruídos do ambiente desses tipos de ruídos rochosos representa um grande desafio. Dispositivos projetados para “ouvir” terremotos, chamados sismógrafos, também captam uma cacofonia da atividade na superfície, de furacões a carros e alces em movimento, o que dificulta o isolamento de tremores tão discretos.

“Até agora, tem sido discutido se todos os choques principais apresentam antechoques”, diz David “Chas” Bolton, candidato ao programa de doutorado em geociências da Universidade Estadual da Pensilvânia, que não participou do estudo.

E na impossibilidade de detectar antechoques de maneira confiável e observar os padrões, os cientistas somente conseguem prever a ocorrência de terremotos ao longo de extensos períodos de tempo, com base na probabilidade estatística.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Agosto foi o mês do desgosto para os investimentos. Confira os melhores e piores desempenhos do mês
A delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci foi pivô de uma disputa entre o Ministério Público Federal e a Polícia Federal
https://www.osul.com.br/um-terremoto-atingiu-a-regiao-central-da-italia-e-provocou-panico/ Um terremoto atingiu a região central da Itália e provocou pânico 2019-09-01
Deixe seu comentário
Pode te interessar