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Brasil Uma antiga entrevista de Jair Bolsonaro volta à tona: em 1999, o polêmico deputado fez elogios a Hugo Chávez e disse que gostaria de ver implantada no Brasil a filosofia do então presidente da Venezuela

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Quase duas décadas depois, o parlamentar classifica de "jogo sujo" a divulgação do conteúdo nas redes sociais. (Foto: Reprodução)

Pré-candidato à Presidência da República, o deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ) classificou como “jogo sujo” a divulgação nas redes sociais do conteúdo de uma entrevista que ele concedeu à imprensa paulista em 1999 sobre Hugo Chávez, ex-presidente da Venezuela falecido em 2013.

Na época, Bolsonaro afirmou que a chegada de Chávez ao poder era uma “esperança para a América Latina”. O deputado ainda classificou o venezuelano como uma “pessoa ímpar”, afirmou que “gostaria muito que sua filosofia chegasse ao Brasil” e disse que não era anticomunista.

Na entrevista, realizada meses após Chávez assumir o poder pela primeira vez, Bolsonaro diz acreditar que ele faria no país vizinho o que os militares fizeram no Brasil em 1964, com muito mais força. “Ele não é anticomunista e eu também não. Na verdade, não tem nada mais próximo do comunismo do que o meio militar. Nem sei o que é comunismo hoje em dia.”

O deputado também declarou, há 18 anos, que gostaria de ir à Venezuela para tentar conhecer Chávez, a quem considerava não um ditador comunista – avaliação diferente da que ele faria do assunto posteriormente – mas uma figura “ímpar”. “Quero passar uma semana lá e ver se consigo uma audiência.”

Repercussão

A divulgação da entrevista provocou repercussão das redes e o presidenciável afirmou que trata-se de um “jogo sujo”. “Como sempre falamos: Eles têm tudo, mas nós temos vocês e diariamente teremos de desarmar uma bomba montada, enquanto os corruptos nadam de braçada! Mas vamos até o fim! Há algo maior que eleição em jogo: a derrubada cultural da hegemonia de esquerda no Brasil”, escreveu o parlamentar.

O presidenciável também postou um vídeo na segunda-feira, 11, nas redes. Gravado ano passado, ele usa a ironia para dizer que Chávez não fez como “os esquerdinhas Lula, Dilma e Genuíno”, que escolheram o Sírio-Libanês para se tratarem, mas foi se tratar em Cuba, que “tem a melhor medicina do mundo”. E continua: “E morreu. Parabéns, Chávez, prepare o inferno para receber os líderes comunistas do nosso Brasil.”

Nessa terça-feira, o parlamentar publicou mais um vídeo sobre o assunto, desta vez uma entrevista do próprio Chávez na qual ele dizia que faria uma reforma constitucional que poderia impedir até mesmo de ele terminar seu primeiro mandato, de cinco anos. Acima, Bolsonaro se justifica: “Hugo Chávez e Lula antes das eleições, posavam de democratas.” O presidente permaneceu no poder até a sua morte, em 2013, sendo substituído pelo não menos polêmico Nicolás Maduro, no poder até hoje.

Boatos

A nova campanha publicitária da Coca-Cola, que estampará fotos de nove artistas brasileiros em latas do refrigerante, dentre os quais a cantora Pabllo Vittar, gerou boatos que se têm se propagado na internet desde a semana passada.

Um deles, criado nas redes sociais pelo grupo Corrupção Brasileira Memes, diz que Jair Bolsonaro é o novo garoto-propaganda da Pepsi, em uma “resposta” à concorrente por incluir Pabllo em sua campanha.

O Corrupção Brasileira Memes é uma página de humor que costuma fazer chacota com as posições de Bolsonaro. A piada sobre a contratação do deputado pela Pepsi, compartilhada por alguns internautas como verdadeira, ironiza a mobilização dos simpatizantes de Bolsonaro na página da marca no Facebook, pedindo, justamente, para que ele fosse contratado a estampar as latas do refrigerante.

Segundo analistas de comunicação e marketing, é difícil imaginar que uma empresa do porte da Pepsi encampasse uma campanha nestes moldes e promovesse a imagem de um político – ainda mais um tão controverso quanto é Jair Bolsonaro.

Aos que acreditaram na montagem, a assessoria de imprensa da PepsiCo, que produz o refrigerante, ressaltou que a empresa “não está produzindo latas de bebidas com a fisionomia de personalidades brasileiras” e que “não há previsão de qualquer ação deste tipo no momento”.

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