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Mundo Uma atriz fez um acordo secreto de 9,5 milhões de dólares com a CBS após se queixar por assédio

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Michael Weatherly e Eliza Dushku em cena. (Foto: Reprodução)

Em março de 2017, Eliza Dushku, atriz conhecida por seu trabalho em “Buffy, a Caça Vampiros”, assinou contrato para um papel importante em três episódios de “Bull”, uma série dramática que a rede de TV americana CBS exibe no horário nobre. Havia planos de incluí-la no elenco fixo da série, o que não ocorreu.​ Após queixar-se de assédio, a CBS aceitou um acordo sigiloso que indenizaria a atriz em US$ 9,5 milhões, o equivalente ao que Dushku teria faturado com sua participação na série caso fizesse parte do elenco por quatro temporadas.

A passagem dela pela série começou promissora. O astro de “Bull”, Michael Weatherly – que há 15 anos é um dos atores mais conhecidos na programação do horário nobre da emissora -, parecia amistoso. E um produtor e roteirista de “Bull”, Glenn Gordon Caron, disse a Dushku que ela seria mais que um par romântico.

Em uma minuta do texto final do relatório de investigação vista pelo The New York Times, os advogados afirmaram que a maneira pela qual a empresa tratou as queixas de Dushku foi não só errada mas emblemática de problemas maiores em sua estrutura.

Weatherly enviou um email ao The New York Times no qual pede desculpas por seu comportamento.

“No curso da gravação de nosso programa, fiz algumas brincadeiras que zombavam de certas linhas de diálogo”, Weatherly escreveu em sua mensagem. “Quando Eliza me disse que não se sentia confortável com minha linguagem e tentativas de humor, fiquei arrasado por tê-la ofendido e pedi desculpas imediatamente. Depois de refletir mais longamente sobre o acontecido, compreendo melhor que aquilo que eu disse era tanto sem graça quanto inapropriado, e estou arrependido e lamento a dor que isso causou a Eliza”.

Dushku interpretava uma advogada criminal, em “Bull”. Embora seu personagem e o de Weatherly devessem manter um flerte continuado, o produtor, Caron, afirmou que “não queria intimidade” entre eles até a quinta temporada da série, de acordo com anotações feitas por uma pessoa que participou de um depoimento de Dushku aos investigadores, em setembro.

Mas não demorou para que Weatherly começasse a fazer comentários que causavam desconforto à colega. “Lá vem aquelas pernas”, ele disse, em um dia em que Dushku estava usando um tailleur. Em outra ocasião, disse a atriz aos investigadores, Weatherly comentou, diante de colegas de elenco e da equipe do seriado, que gostaria de colocá-la de bruços em seu colo e dar-lhe umas palmadas.

Weatherly disse ser brincadeira. “Improvisei uma brincadeira, um diálogo clássico de Cary Grant em filmes como ‘Charada’ ou ‘Núpcias de Escândalo’, e não quis dizer de maneira alguma que aquela era uma ação que eu gostaria de realizar”, ele disse.

Dushku também descreveu aos investigadores um momento no estúdio em que, na pele da personagem, ela fazia um gesto usando três dedos. Em resposta, ela diz, Weatherly sugeriu – causando risadas na equipe – que ela queria fazer sexo a três com ele e outro homem do elenco.

Por conta de seu status na série, o comportamento de Weatherly influenciava os demais, na opinião de Dushku. Ela disse que um membro da equipe a abordou, mais tarde, e disse, rindo, que “apoio o Bull”, antes de dizer que gostaria de participar de um trio sexual com ela. O diálogo fez com que a atriz sentisse “repulsa, como se tivesse sido violada”.

Weatherly disse que ao mencionar sexo a três, ele não estava falando sobre Dushku fazer sexo com ele e outro membro do elenco e que havia sido apenas um improviso.

Depois veio a gravação de uma cena que envolvia um furgão sem janelas. Diante das câmeras ligadas, do elenco e da equipe, Weatherly disse que levaria Dushku para sua “van do estupro”, e acrescentou que o veículo estava repleto de objetos fálicos e lubrificante, de acordo com as anotações sobre a entrevista.

A atriz disse aos investigadores que havia relatado suas experiências em “Bull” a Leslee Feldman, executiva da produtora Amblin. “Se Steven um dia souber disso, vai ficar horrorizado”, disse Feldman, mencionando Steven Spielberg, o presidente-executivo da Amblin Partners, de acordo com o que Dushku disse na entrevista. A Amblin se recusou a comentar.

Dushku considerou a possibilidade de processar a rede, mas optou por uma mediação com a CBS. Mark Engstrom, o vice-presidente de ética da rede, participou do processo, assim como Bettina Plevan, advogada do escritório Proskauer Rose, que assessorava a companhia.

Engstrom entregou cenas gravadas para “Bull” e excluídas da edição final, na crença de que isso beneficiasse a companhia porque elas mostravam Dushku dizendo palavrões no estúdio, escreveram os investigadores no texto provisório de seu relatório.

Mas a estratégia foi contraproducente. As cenas provaram ser uma “mina de ouro” para Dushku, porque “mostravam algumas cenas de assédio”.

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