Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Uma deputada da Rússia pediu que as mulheres de seu país não façam sexo com estrangeiros que não sejam brancos, para evitar filhos mestiços

Compartilhe esta notícia:

Tamara Pletnyova teme a repetição de fenômeno verificado após a Olimpíada de Moscou, em 1980. (Foto: Reprodução)

Em meio à realização do Mundial de Seleções na Rússia, a líder do Comitê para as Famílias do Parlamento do país pediu que as suas compatriotas não façam sexo com estrangeiros que não sejam brancos. Segundo a deputada Tamara Pletnyova, as relações sexuais com forasteiros aumenta o risco de que as russas se tornem mães solteiras de filhos mestiços.

“Essas crianças mestiças sofrem desde os tempos soviéticos”, justificou a parlamentar de 70 anos. “É uma coisa se eles são da mesma raça, mas outra bem diferente, se eles são de uma raça diferente. Eu não sou nacionalista, mesmo assim sei que as crianças sofrem, pois acabam sendo abandonadas e ficando aqui, sozinhas com as suas mães.”

A deputada é vinculada ao Partido Comunista KPRF, que costuma apoiar o presidente Vladimir Putin em votações importantes. Horas depois, no entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, rebateu os comentários de Tamara contra o sexo inter-racial.

“Mulheres russas podem tomar conta de suas vidas”, ressaltou Peskov a repórteres em Moscou, na tentativa de colocar panos-quentes na controvérsia gerada pelos comentários da deputada racista. “Elas são as melhores mulheres do mundo.”

De acordo com o mais recentes censo demográfico da Rússia, divulgado em 2010, os russos brancos correspondem a 81% da população do país europeu, ao passo que o restante inclui minorias étnicas como turcos e mongóis.

“Filhos da Olimpíada”

O comentário da deputada foi motivado por uma pergunta relacionada aos chamados “filhos da Olimpíada” de Moscou, realizada em 1980, quando a Rússia ainda era um dos Estados que compunham a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), criada em 1917 e que perdurou até 1991.

Essa expressão, normalmente a associada a russos de ascendência africana, latina ou asiática (que sofrem preconceito no país, principalmente em cidades do interior), é considerada pejorativa.

Isso por sugerir que os russos com idade atual em torno de 37 anos teriam sido concebidos durante os Jogos de Moscou por mulheres locais que se relacionaram com estrangeiros – naquela época, ainda sob regime socialista, os métodos contraceptivos eram raros no país.

A FIFA (Federação Internacional de Futebol) estima que 1 milhão de turistas estrangeiros devem visitar o país durante o Mundial, que começou oficialmente na última quinta-feira e prossegue até o dia 15 de julho, com partidas em Moscou e em outras 11 cidades. Nenhum dirigente da entidade, porém, comentou as declarações de Tamara. E o comitê organizador do evento também manteve silêncio.

Racismo

Um relatório divulgado recentemente pelas ONGs russas Fare Network e Sova Centre, em Moscou, aponta para um aumento de manifestações racistas nos estádios que serão usados durante o torneio internacional.

O mesmo estudo identificou uma série de canções neonazistas e ao menos 19 menções à palavra “macaco” com conotações racistas nos estádios russos desde o ano passado. No período de 2016-2017, apenas duas referências do tipo haviam sido registradas.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

A venda da Braskem cria um oligopólio estrangeiro no Brasil
É nesta terça o julgamento da senadora Gleisi Hoffmann no Supremo
https://www.osul.com.br/uma-deputada-da-russia-pediu-que-as-mulheres-de-seu-pais-nao-facam-sexo-com-estrangeiros-que-nao-sejam-brancos-para-evitar-filhos-mesticos/ Uma deputada da Rússia pediu que as mulheres de seu país não façam sexo com estrangeiros que não sejam brancos, para evitar filhos mestiços 2018-06-16
Deixe seu comentário
Pode te interessar