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Mundo Uma empresa gigante de energia elétrica dos Estados Unidos declarou falência após incêndios na Califórnia

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Um dos incêndios, em novembro passado, matou 86 pessoas no Estado. (Foto: Reprodução)

O conglomerado PG & E Corp, proprietário da maior empresa de energia elétrica nos Estados Unidos em número de clientes (quase 10 milhões de pessoas), disse nesta segunda-feira (14) que está se preparando para declarar sua falência, pois enfrenta responsabilidade criminal pelos megaincêndios florestais ocorridos na Califórnia em 2017 e 2018 que pode não ser capaz assumir.

As ações da empresa despencaram 55% antes da abertura de Wall Street.

A PG & E enfrenta investigações governamentais e precisa fazer face a responsabilidades criminais cujas compensações podem chegar a US$ 30 bilhões, segundo a empresa — número que representa os danos causados pelos incêndios no Estado americano nos últimos anos.

Sob a lei da Califórnia, empresas de serviços públicos são expostas a investigações, independentemente de haver ou não negligência.

A PG & E informou que planeja pedir proteção contra falência em 29 de janeiro e está dando aos funcionários um aviso de 15 dias para cumprir a lei da Califórnia.

A companhia anunciou no domingo (13) a saída de seu diretor-executivo, que será substituído provisoriamente por John Simon.

O conglomerado disse que não vê nenhum impacto nos serviços de eletricidade ou gás natural para seus clientes como resultado da falência.

Chamas destrutivas

A PG & E está se recuperando das consequências de um incêndio florestal em novembro que se espalhou pelas montanhas da Califórnia e matou pelo menos 86 pessoas — o incidente mais mortal e destrutivo da história daquele Estado.

A empresa fornece serviços para 5,4 milhões de clientes de eletricidade e 4,3 milhões de gás natural no Norte e no Centro da Califórnia.

Ao declarar falência, a empresa poderá trabalhar com “vítimas de incêndios florestais, clientes, funcionários, credores, acionistas, comunidade financeira e parceiros de negócios”, em um processo supervisionado por um tribunal, afirmou em comunicado.

Causas

Alguns fatores explicam a recorrência dos incêndios na Califórnia e a sua virulência atual. O primeiro deles é o clima e suas mudanças.

Assim como a maior parte do Oeste americano, grande parte da umidade californiana surge no outono e no inverno. Durante o verão, com as temperaturas mais quentes e a ausência de precipitações, a vegetação lentamente seca, tornando-se combustível para incêndios.

“O fogo, de algumas maneiras, é algo bastante simples”, diz Park Williams, bioclimatologista da Universidade de Columbia. “Se as coisas estiverem secas o bastante e houver uma faísca, vão queimar.”

No entanto, embora a Califórnia tenha sempre sido propícia a incêndios, a conexão com o aquecimento global é inexorável.

“Por trás de tudo isso, você tem temperaturas que são cerca de 1 ou 1,5 graus Celsius acima do que seriam se não existisse o aquecimento global”, afirma William.

Essas mudanças ressecam ainda mais a vegetação, aumentando a probabilidade de incêndios. Os índices de umidade do ar que geraram os incêndios recentes eram inferiores a 10%, com a vegetação extremamente seca.

O registro de incêndios do Estado remonta a 1932: dos 10 maiores incêndios desde então, nove ocorreram desde 2000, cinco desde 2010 e dois apenas este ano, incluindo o incêndio do complexo de Mendocino, o maior da história do Estado.

“Em praticamente todos os sentidos, a Califórnia apresenta uma receita perfeita para incêndios”, disse Williams. “A natureza cria as condições perfeitas para o fogo, desde que as pessoas estejam lá para iniciá-lo. As mudanças climáticas, de diferentes maneiras, indicam perspectivas sombrias, com mais incêndios no futuro.”

Ainda assim, mesmo se as condições forem perfeitas, o fogo ainda precisa de algo para acendê-lo. Às vezes este gatilho é a natureza, como um relâmpago, mas, na maioria das vezes, são pessoas.

“Muitos desses grandes incêndios que encontramos no Sul da Califórnia, que impacta áreas onde pessoas vivem, são causados pelo homem”, disse Nina S. Oakley, professora assistente de pesquisa de ciência atmosférica no Instituto de Pesquisa do Deserto.

 

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