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Colunistas Uma nova guerra santa

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Maia argumenta que não foi eleito para um mandato tradicional e, portanto, pode concorrer em 2017. (Foto: Reprodução)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Nove dias após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir pelo fim do crime do aborto até o primeiro trimestre de gestação, foi instalada uma comissão especial que analisará a PEC (proposta de emenda à Constituição) 58, cujo objetivo é estender a licença maternidade em caso de nascimento prematuro.

A proposta de 2011 foi desengavetada a toque de caixa pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dia após a decisão da Corte, no dia 30 do mês passado. A comissão é majoritariamente integrada por parlamentares evangélicos e tem como presidente Evandro Gussi (PV-SP) e relator Jorge Tadeu (DEM-SP). Avizinha-se um novo confronto entre os poderes Legislativo e Judiciário.

Virou especialidade

Teve dedo dos tucanos na costura com o STF para manter Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado, porém fora da linha sucessória. A nova “jaboticada jurídica” endossada pela Corte deixou feliz o presidente Michel Temer e o Judiciário, pois o projeto de abuso de autoridade sai da ordem do dia.

Sem escolha

O ex-juiz Marlon Reis, o da Ficha Limpa, tem certeza que o STF foi agredido e que prefere “o estrépito causado pelo cumprimento da Constituição que a paz causada pela omissão”.

Piromania

A senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) botou a culpa pela confusão entre Senado e Supremo na “desarmonia” do Judiciário e na “pressa dos outros” em retirar Calheiros do cargo.

Volta ao passado

Com Calheiros no cargo, o governo direciona a atenção para a PEC 55 (a dos tetop para os gastos públicos) no Senado e para a reforma da Previdência Social na Câmara. Os dois assuntos saíram momentaneamente dos holofotes. Temer também terá maior tranquilidade para nomear o substituto de Geddel Vieira Lima na Secretaria de Governo.

Time de várzea

O senador Romário Faria (PSB-RJ) sofreu a maior derrota de sua vida na votação do relatório final da CPI do Futebol. O relatório alternativo que ele elaborou junto com Randolfe Rodrigues (Rede-AP) levou um chocolate de nove a zero.

Artilheiro

O ex-craque da Seleção Brasileira perdeu para um centroavante da política, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), relator da CPI. O calhamaço de 265 páginas propõe 11 medidas para modernizar o futebol e oito recomendações para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Uma cópia do relatório será enviada a oito instituições, incluindo a Polícia Federal e o Ministério Público Federal.

Bombardeio

O senador Paulo Paim (PT-RS) foi quem melhor resumiu o terremoto que atingiu o Senado nos últimos dias: “É bomba atrás de bomba. Não para”.

Balcão de emprego

O ministro Moreira Franco, do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), deve estar de brincadeira. Ele anunciou que criará um informativo sobre oportunidades de cursos e estágios. Os seus correligionários têm azucrinado com centenas de pedidos de empregos.

Registro

A frente parlamentar em defesa do Agronegócio lançará, em breve, um livro com a história de seus integrantes. O grupo foi criado na década de 1990 é o mais atuante no Congresso Nacional.

Sumiço

Bem que o presidente da comissão especial que analisa o projeto de reforma do Código Comercial tentou, mas a base do governo não deu quórum para que o texto pudesse ser aprovado ontem. Na opinião de Laércio Oliveira (SD-SE), a falta de deputados é fruto da “própria desorganização do governo”.

Nova tentativa

Laércio nem mesmo conseguiu convencer o relator, deputado Paes Landin (PTB-PI), a comparecer à comissão. Segundo a assessoria de Landin, o parlamentar não concluiu o relatório. Ele teria a missão de comprimir 800 artigos do atual texto em 30, tarefa que, a princípio, seria impossível. Uma nova sessão está marcada para a manhã desta quinta-feira.

Batismo errado

O pesquisador Luiz Cláudio Meirelles, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), criticou o Projeto de Lei 3.200, que trata dos defensivos agrícolas. Na sua avaliação, o problema já começa pela nova definição de produtos agrotóxicos, que passariam a ser chamados de “defensivos fitossanitários”.

Comendo porcaria

Carla Bueno, que é da Campanha Permanente Contra o Agrotóxico, observa que o problema vai além de novos termos, porque o brasileiro consome, em média, 5,2 litros de agrotóxico. No Centro-Oeste, a média é bem mais alta.

Na conta

No calor das homenagens às vítimas do acidente aéreo da Chapecoense, o deputado João Rodrigues (PSD-SC) sugeriu construir um museu de cera. O valor seria de R$ 21 milhões, previsto em emendas de bancada ao Orçamento da União para o ano que vem.

Ponto Final

“Temer, aposentado aos 55 anos, defende uma reforma em que muitos que trabalham duro, desde cedo, não vão nem alcançar a idade mínima para se aposentar.” – deputado Paulo Teixeira (PT-SP), sobre a reforma da Previdência.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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