Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2018
Uma jovem canadense foi condenada por matar uma amiga após a polícia descobrir que a arma usada no crime — um cinto — aparecia numa selfie publicada no Facebook, informa a BBC. Cheyenne Rose Antoine, de 21 anos, foi condenada a sete anos de prisão pelo homicídio de sua melhor amiga, Brittney Gargol, que tinha 18 anos quando foi morta, em março de 2015.
O corpo de Brittney foi encontrado em uma estrada na manhã do dia 25 de março em Saskatoon, na província de Saskatchewan. Ao lado da jovem estava um cinto, usado como arma de estrangulamento. Em depoimento à polícia, Cheyenne contou que as duas haviam saído juntas, na noite anterior, de uma festa em casa para um bar e que Brittney havia deixado o local com um homem não identificado.
No Facebook, Cheyenne publicou uma selfie com a amiga, dizendo: “Onde você está? Não ouvi notícias de você. Espero que tenha chegado em casa em segurança”. Mas a fotografia, tirada poucas horas antes do assassinato, mostrava Cheyenne usando o cinto encontrado ao lado do corpo da amiga.
Questionada pela polícia, Cheyenne confessou o homicídio. Ela contou que as duas estavam bêbadas quando começaram a discutir e ela acabou estrangulando a melhor amiga. No entanto, disse não se lembrar exatamente dos eventos.
“Eu nunca irei me perdoar”, afirmou a jovem, em um comunicado lido por seu advogado. “Nada que eu disser ou fizer vai trazê-la de volta. Eu sinto muito… Isso nunca deveria ter acontecido.”
Pela demonstração de remorso, o júri decidiu pela condenação por homicídio culposo, com pena de sete anos de prisão, em vez de assassinato em segundo grau, que era o que a promotoria pedia.
“Honre a sua amiga se tornando um membro positivo da comunidade”, disse a juíza Marilyn Gray ao ler a sentença, segundo o “Saskatoon Starphoenix”. “Você deve isso a ela.”
O advogado de Cheyenne disse sua cliente foi à polícia um mês antes do assassinato para denunciar maus-tratos cometidos pelos pais adotivos, e que ela teria sofrido abusos similares no abrigo para crianças no qual viveu em Saskatchewan.
A família de Brittney se manifestou no julgamento.
“Não conseguimos deixar de pensar em Brittney, no que aconteceu naquela noite, no que ela deve ter sentido lutando por sua vida”, disse Jennifer Gargol, tia dela, no tribunal.