Mundo Uma senadora do Partido Democrata dos Estados Unidos postou no Facebook uma mensagem desejando que Donald Trump seja assassinado
Por Redação O Sul | 18 de agosto de 2017
Uma senadora do Partido Democrata pelo Estado norte-americano do Missouri postou e depois eliminou um comentário no Facebook, em que dizia “esperar que o presidente Donald Trump fosse assassinado”. A polêmica começou na última quinta-feira. Maria Chappelle-Nadal, 42 anos, salientou na mensagem que estava frustrada com a resposta dada pelo chefe da Casa Branca ao protesto dos supremacistas brancos e à violência que se seguiu em Charlottesville, no Estado Virgínia, há uma semana.
Em meio ao incidente político, deputados e senadores do Partido Republicano e até mesmo líderes do Partido Democrata, foram a público pedir que a parlamentar renuncie ao cargo, por quebra de decoro e incitação ao crime. Em sua defesa, Maria Chappelle-Nadal admitiu ter adotado uma postura equivocada ao escrever o post e garantiu que em nenhum momento torceu pela morte de Donald Trump. Ela, no entanto, já adiantou que a hipótese de renúncia não passa pela sua cabeça.
Ela também argumentou que a sua declaração na rede social foi postada após a mensagem de um internauta sugerir que o vice-presidente Mike Pence assumisse o cargo em lugar de Trump – que costuma, por sua vez, utilizar o twitter para se manifestar de forma quase sempre polêmica. “O que escrevi na minha página privada do Facebook foi errado? Absolutamente sim”, admitiu a senadora à imprensa. “Mas eu também vou continuar a falar sobre a raiva e a frustração que me levaram a essa postura extrema”, completou Maria Chappelle-Nadal. “Eu me recuso a renunciar por exercer meus direitos garantidos pela Primeira Emenda da Constituição, mesmo após esse erro.”
Estátuas
Em tom de desafio, o presidente Donald Trump ignorou as críticas que têm recebido por suas recentes declarações e afirmou que a remoção das estátuas dos heróis confederados está destruindo a cultura e a história americanas. Sob uma saraivada de críticas tanto democratas quanto republicanas, Trump retomou o delicado tema racial sobre os monumentos de figuras ligadas ao movimento sulista pró-escravidão em uma série de tuítes que reforçam suas polêmicas declarações dos últimos dias.
A crise começou quando um protesto contra a retirada de uma estátua do general confederado Robert E. Lee resultou em distúrbios violentos, envolvendo supremacistas brancos e militantes anti-racismo no final de semana passado na cidade de Charlottesville, na Virgínia. A partir disso, algumas cidades tomaram a decisão de retirar outras estátuas ligadas ao período confederado.
“Triste ver a história e a cultura de nosso grande país sendo destruídas pela remoção de nossas belas estátuas e monumentos”, escreveu Trump no Twitter. “Você não pode mudar a história, mas pode aprender com ela. Robert E Lee, Stonewall Jackson – quem é o próximo? Washington, Jefferson? Que tolice!. Também a beleza que está sendo tirada de nossas cidades e parques fará muita falta e nunca poderão ser comparavelmente substituídas.”
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