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Política Uma senadora francesa entregou à Câmara dos Deputados uma petição internacional com 1.400 assinaturas de mulheres da Europa e dos Estados Unidos que pedem a legalização do aborto no Brasil

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O assunto está prestes a ocupar o centro do debate no Brasil: em junho, será aberta uma audiência pública no STF. (Foto: Reprodução)

Ex-ministra dos direitos das mulheres na França, a senadora Laurence Rossignol tem seu pensamento político moldado pela luta feminista pós-1968. Ela veio ao Brasil para entregar à Câmara dos Deputados uma petição internacional com 1.400 assinaturas de mulheres europeias e americanas apoiando a descriminalização do aborto por aqui.

Originalmente, ela entregaria o documento ao presidente da Casa, Rodrigo Maia, mas ele não compareceu ao encontro. A senadora francesa entregou, então, a petição a um representante da Câmara.

O tema mobilizou a Europa, com o referendo que fez a Irlanda legalizar a interrupção da gravidez, deixando para trás uma das legislações mais restritivas do continente. Agora, em solo europeu, apenas Polônia e Malta proíbem o aborto. O assunto está prestes a ocupar o centro do debate no Brasil: no início de junho, será aberta uma audiência pública no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a descriminalização até o terceiro mês de gravidez. A audiência foi convocada pela ministra Rosa Weber.

Por que o Brasil?

“Venho trazer meu apoio à campanha pela descriminalização do aborto no Brasil. Este é um dos grandes desafios colocado às nações atualmente. Aqueles que são hostis à descriminalização pensam que, assim, protegerão a vida. Na realidade, é o inverso. Acreditando proteger a vida de uma criança que ainda não nasceu, eles põem em risco a vida de mulheres. Proibir o aborto não significa impedir que ele seja feito. As mulheres continuarão fazendo, só que em situação de risco. No Brasil, 500 mil abortos clandestinos são feitos por ano (de acordo com a “Pesquisa Nacional do Aborto 2016″, do Instituto Anis). Esses números não são distantes do que havia em muitos países na Europa antes da legalização”, disse.

“Na Europa estamos todos mobilizados porque vemos muitos países retrocederem, como a Polônia, que tem uma legislação restrita e quer restringir ainda mais. Houve o referendo na Irlanda, onde o aborto era proibido em quase todos os casos.” O primeiro-ministro irlandês já havia dito, antes da votação: “Pessoalmente, sou a favor da legalização, mas deixarei os irlandeses decidirem”. É um debate que não é exclusivo da América Latina.

Pressão no STF

“Espero que sim [a pressão nos ministros do Supremo], é importante mostrar que a condição das mulheres no Brasil interessa e mobiliza mulheres no exterior. Isso pode ser um incentivo aos políticos que querem mudar as coisas aqui. Na França, o aborto foi legalizado em 1975. Quando ele ainda era proibido, as mulheres francesas iam à Inglaterra ou aos Países Baixos para interromper a gravidez. É o mesmo que ocorre hoje no Brasil: mulheres vão à Colômbia ou ao Uruguai. Hoje, o Brasil ainda tem a imagem de um país arcaico, e essa não é uma imagem positiva. A questão do controle do corpo da mulher é crítica para mudar essa imagem”, afirmou.

 

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