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Brasil Uma terceira cirurgia tentará separar o cérebro de meninas unidas pela cabeça. O caso é único na história da medicina brasileira

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Equipe multidisciplinar na segunda etapa de separação de irmãs siamesas. (Fotos: Divulgação / HC)

Um caso único na história da medicina brasileira, as gêmeas siamesas Maria Ysabelle e Maria Isadora, que nasceram unidas pelo topo da cabeça, foram internadas no HC (Hospital das Clínicas) de Ribeirão Preto, em São Paulo. As crianças realizam uma série de exames preparatórios para a terceira etapa da cirurgia de separação dos corpos que acontece na manhã deste sábado (4).

Essa deverá ser a última cirurgia de separação das artérias cranianas. Depois disso, as irmãs se submeterão a um quarto procedimento exclusivamente da cirurgia plástica, onde receberão a implantação de extensores de pele para que na quinta e etapa final da separação das cabeças tenham tecido suficiente para tapar a calota craniana.

O procedimento terá início por volta das 7h da manhã. De acordo com o cirurgião plástico Jayme Farina Júnior, que compõe a equipe de cirurgiões, o tempo de duração do procedimento é imprevisível. Ele afirma que as irmãs estão bem de saúde e que desde a primeira etapa da cirurgia não sofreram nenhuma intercorrência.

Separadas até o Natal

A previsão, segundo o neurocirurgião Eduardo Jucá, do Ceará, médico que acompanha as meninas desde o nascimento, é que até o Natal elas estejam separadas. Soltas, terão a chance de, após dois anos de vida, enfim, se olharem e se abraçarem.

“Todas as etapas tiveram muito sucesso até agora. Elas estão bem, sem qualquer complicação e se tudo seguir conforme a previsão, elas estarão separadas até o fim de novembro”, afirmou Assim como nas duas primeiras etapas, o neurocirurgião norte-americano James Goddrich participará do procedimento. O médico atua no Montefiore Medical Center, hospital de Nova York referência nesse tipo de procedimento. O número de profissionais – cerca de 30 – também deverá ser o mesmo a atuar no procedimento.

Extensores de pele

A implantação dos extensores de pele será feita pelo cirurgião plástico Jayme Farina Júnior. “Nessa etapa nós colocaremos expansores na nuca das meninas para ampliar a área do tecido (couro cabeludo) para quando forem separadas ter material suficiente para cobrir a cabeça toda”, explicou Jayme.

Segundo o cirurgião, após a separação total, a cabeça será coberta com um retalho de tecido retirado das nucas das meninas. Isso permitira que o cabelo delas cresça normalmente . “Só não crescerá na nuca, na área doadora do retalho”, informou o cirurgião plástico.

Segunda cirurgia

A segunda cirurgia para separação dos crânios das irmãs, de 1 ano e dez meses, mobilizou 25 profissionais em maio. A equipe foi composta por sete neurocirurgiões, três cirurgiões plásticos, cinco anestesistas, oito enfermeiros, um tecnólogo e o diretor do centro cirúrgico. Assim como na primeira cirurgia, em fevereiro, o neurocirurgião norte-americano James Goddrich participou juntamente com as equipes do HC.

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