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Brasil Uma vitória de Bolsonaro no primeiro turno dependeria da queda de votos em seus adversários. As pesquisas, porém, não mostram o esvaziamento de rivais em seu benefício

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Índices de abstenção podem favorecer o candidato do PSL. (Foto: EBC)

O presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) voltou a abrir distância em relação a seus adversários na nova pesquisa do instituto Datafolha, mas ainda não se aproximou de uma vitória em primeiro turno. Por enquanto, o cenário é considerado improvável, mas pode mudar na reta final e dependerá da resistência dos outros candidatos.

O presidenciável do PSL atingiu 38% dos votos válidos. Para chegar a 50% e fechar a disputa no domingo (7), Bolsonaro precisaria esvaziar o eleitorado de seus rivais.

Até agora, os adversários do deputado mantiveram trajetória relativamente estável. Nos últimos dias, Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e os demais continuaram nos mesmos patamares ou tiveram apenas variações negativas dentro da margem de erro.

Nas pesquisas anteriores, as maiores quedas foram observadas para Ciro e Marina. Quem mais se beneficiou, porém, foi Haddad – embora o candidato do PSL tenha atraído uma fatia do eleitor antipetista de Marina.

Para atingir a marca que lhe daria a vitória antecipada, Bolsonaro precisaria receber até domingo uma transfusão de votos considerada grande, equivalente a 12 pontos percentuais entre os votos válidos.

Isso seria possível, por exemplo, se todos os eleitores de Marina, Henrique Meirelles (MDB), João Amoêdo (Novo) e Alvaro Dias (Podemos) se transferissem para o deputado do PSL. Bolsonaro depende dessa migração porque a taxa de votos brancos e nulos já caiu para 8% (próximo do patamar histórico) e há apenas 5% de indecisos disponíveis.

Abstenção

O deputado pode se beneficiar, no entanto, dos índices de abstenção no domingo. Se um número grande de eleitores de outros candidatos decidir não comparecer às urnas no primeiro turno, Bolsonaro poderia vencer com um desempenho mais baixo.

A abstenção tende a provocar menos prejuízos ao candidato do PSL do que a seus adversários. O eleitorado de Bolsonaro é mais engajado (o que os estimula a votar) e mais escolarizado (grupo em que os índices de votação costumam ser maiores).

Uma mudança intensa do cenário ainda é classificada como “muito improvável” por Mauro Paulino, diretor-geral do instituto Datafolha, mas não pode ser descartada. As próximas pesquisas apontarão se Bolsonaro conseguirá atrair eleitores dos demais candidatos.

Em votos totais (incluindo brancos, nulos e indecisos), Bolsonaro aparece com 32% na pesquisa mais recente. Paulino aponta que um candidato precisaria de 43% a 45%, considerado o índice histórico de votos em branco e nulos próximo de 10%.

As únicas eleições presidenciais do atual período democrático com vitórias em primeiro turno foram as de 1994 e 1998.

Naquelas disputas, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) venceu com 44% e 43% dos votos totais, respectivamente. Vale destacar, porém, que as taxas de brancos e nulos nas duas corridas beiraram os 20%. Nas eleições seguintes, os índices registrados ficaram sempre em torno de 10%.

Márcia Cavallari, CEO do Ibope, afirma que é necessário aguardar as próximas pesquisas para observar um movimento simultâneo dos demais candidatos ou a manutenção de seus índices. Ela argumenta, porém, que essa tendência não surgiu até agora.

“Seria preciso um esvaziamento de todos os candidatos, no Brasil inteiro. Em um país com essas dimensões, não bastaria um movimento concentrado em uma cidade só, como ocorreu com João Doria em São Paulo em 2016. Em uma capital, a informação corre com mais rapidez e permite movimentos assim”, ressalta Cavallari.

A última pesquisa do Datafolha foi realizada com 3.240 eleitores em 225 municípios brasileiros nesta terça-feira (2). A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o código BR-03147/2018.

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