Terça-feira, 19 de março de 2024
Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2019
O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, assinou na tarde dessa terça-feira um Termo de Colaboração com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina) para gestão e operação dos postos de pronto-atendimento da vila Bom Jesus e do bairro Lomba do Pinheiro, ambas na Zona Leste. A medida prevê a ampliação dos serviços nessas unidades.
Dentre os benefícios do contrato está o número de leitos, que passará de 25 para 44, aumento de 76%. Os atendimentos terão acréscimo de 5 mil/mês e os serviços social e de farmácia serão 24 horas, antes eram restritos ao horário comercial.
A parceria com a SPDM – organização social sem fins lucrativos – possibilitará a melhoria de estrutura e atendimento à população, além de otimizar os recursos públicos com agilidade na aquisição e substituição de bens, inclusive com maior custo-benefício.
“Estamos felizes que a associação paulista esteja na Capital gaúcha com a sua expertise, trazendo novas tecnologias de gestão”, frisou Marchezan. “Queremos que os porto-alegrenses sintam mais rápido os benefícios que muitas outras cidades já conhecem.”
O prefeito destacou, ainda, que as ações na saúde são baseadas em evidências e que essa assinatura simboliza a etapa de uma reformulação maior, que trará mais qualidade ao serviço público: “Tenho convicção que estamos no caminho certo, pois enquanto a maioria das cidades fecha leitos hospitalares nós abrimos mais, ampliamos os atendimentos e reduzimos as filas de espera por consulta”.
A assistência aos usuários será ampliada com maior oferta de exames laboratoriais, exames nas salas de emergência e de observação e qualificação de fluxos. A SPDM ainda será responsável pela remoção de pacientes dos pronto atendimentos para os hospitais com vaga, dando mais agilidade no encaminhamento para hospitais.
O secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, explica que com a qualificação do atendimento será possível adequar a área física e os fluxos de trabalho para viabilizar as habilitações dos pronto atendimentos em Upas (Unidades de Pronto Atendimento) junto ao Ministério da Saúde, o que trará novas receitas federais de custeio para a Secretaria Municipal de Saúde.
Atualmente, as unidades Bom Jesus e Lomba do Pinheiro são chamadas de UPAs mas não oferecem serviços à altura para ser reconhecida como tal pelo governo federal e receber recursos. “Nossa equipe tem se esforçado para ampliar os serviços na velocidade e qualidade que a sociedade precisa. Temos convicção que esta proposta é sustentável e podemos avançar mais”, salienta Stürmer.
Segundo o diretor-técnico da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, Jorge José Neto, a entidade vai trabalhar para que a transição ocorra de forma tranquila e de acordo com as diretrizes da Secretaria Municipal de Saúde. “Este é um modelo interessante, traz vantagens e não concorre com o funcionário público”, ressalta.
A organização deverá estar operando dentro de 30 dias. Com cerca de 42 mil colaboradores, a associação é uma das maiores entidades de natureza filantrópica de saúde do Brasil e está presente em sete estados. Atua na gestão de serviços de saúde há 86 anos e conta com 515 unidades/serviços gerenciadas, entre eles o Hospital São Paulo, em São Paulo, administrado desde 1933.
Participação
Também participaram da solenidade o vereador Moisés Barboza, o secretário municipal de Comunicação, Orestes de Andrade Júnior, o diretor-geral do Demhab, Amâncio Ferreira; o diretor de Atenção Hospitalar da Secretaria Municipal da Saúde, João Marcelo Lopes Fonseca; e os gestores dos CRIPs Tatiana Valenci; Marcelo Centeno; Rodrigo Carpe e Lia Bernau, entre outros representantes de entidades.
(Marcello Campos)