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Mundo Universidade americana cria bolsa Marielle Franco para curso de mestrado

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A vereadora assassinada Marielle Franco. (Foto: Ascom/Câmara Municipal do Rio de Janeiro)

O programa de estudos latino-americanos da Sais (School of Advanced International Studies) da universidade americana Johns Hopkins anunciou este mês o lançamento da bolsa Marielle Franco, voltada para interessados em cursar o mestrado em relações internacionais com foco na América Latina, com duração de dois anos. A ajuda de custo, de valor não divulgado, é fruto de uma doação anônima à instituição, de montante também não revelado, com o nome da vereadora e ativista assassinada em março deste ano no Rio. A inscrição poderá ser feita até 1º de fevereiro. O contemplado poderá usar a verba para pagar parte do curso, que custa US$ 25 mil (R$ 93.750) por ano, ou despesas com translado e moradia.

“Qualquer pessoa que tenha interesse em estudar a América Latina, a partir de temas relacionados a justiça social, equidade, violência urbana e representação política na região, poderá se candidatar. A grande importância dessa bolsa é chamar atenção para as questões que essa mulher, que morreu tão jovem e de forma tão trágica, defendia. São assuntos relativos ao Rio, mas que atingem toda a América Latina”, destaca a brasileira Monica de Bolle, diretora do programa de estudos latino-americanos da Sais, que detém a cátedra Riordan Roett em estudos latino-americanos.

Um selecionado por ano

Os interessados na bolsa para o próximo ano deverão escrever um ensaio explicando qual a sua área de interesse e por que acreditam ter um perfil que se encaixa nos requisitos. A princípio, apenas uma pessoa — que não precisa ser brasileira — será contemplada por ano.

“Queremos oferecer a bolsa para mais pessoas e, a longo prazo, custear integralmente os estudos de um aluno sem condições financeiras. A América Latina é uma região de muita desigualdade e, ao mesmo tempo, extremamente violenta. Segundo dados da ONU, todas as dez cidades mais violentas do mundo estão na América Latina: cinco no México, duas na Venezuela e três no Brasil (Natal, Fortaleza e Belém)”, diz a diretora.

As aulas são ministradas em Washington, mas há a possibilidade de cursar o primeiro ano do mestrado na Bolonha, na Itália, onde a Johns Hopkins também tem um campus. Monica de Bolle afirma que, dos 60 alunos do mestrado em relações internacionais com foco na América Latina do programa da Sais, cerca de 40% são latino-americanos ou descendentes nascidos nos Estados Unidos.

“Temos recebido muitos alunos, alguns até da China, que têm algum interesse na América Latina. Apesar de os governos Obama e Trump não darem muita prioridade à região, o foco tem se voltado para a América Latina com muita força, por causa da crise na Venezuela e na América Central e os problemas na Argentina. E ainda há a questão dos imigrantes vindo para a fronteira dos Estados Unidos, a relação conturbada com o México e a renegociação do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte), que aconteceram recentemente”, cita a acadêmica.

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