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Geral Universidade de Caxias do Sul ganha patente de tecnologia de despoluição de efluentes industriais

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Doutoranda Letícia Osório da Rosa no Laboratório de Enzimas e Biomassas (Foto: Claudia Velho/UCS)

A manutenção da qualidade da água é o principal potencial da mais recente conquista da área de Biotecnologia da UCS (Universidade de Caxias do Sul). O Inpe (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) conferiu à universidade a patente da invenção executada pela equipe do Laboratório de Enzimas e Biomassas do Instituto de Biotecnologia. A técnica em questão está sendo utilizada pela indústria da polpa de celulose e do papel para despoluir a água empregada na indústria papeleira, mas o processo pode ser realizado também na área têxtil, entre outras.

Com a concessão, que garante a propriedade intelectual da invenção, a UCS fica autorizada a repassar, para qualquer empresa interessada em produzir em escala industrial, o know-how para o desenvolvimento das substâncias com emprego como material antipoluente e também utilizáveis na produção do papel. O prazo para a Universidade é de 20 anos, a contar da data de depósito da patente (3 de abril de 2007).

Pesquisa

A pesquisa em laboratório detectou que a adição de diferentes concentrações de metais durante o cultivo sólido do fungo Pleurotus sajor caju, uma espécie de cogumelo comestível, superpotencializa a produção de enzimas capazes de atuar na descoloração de corantes e de moléculas poluentes da água, presentes como efluentes das indústrias têxtil e papeleira.

Vanguarda ambiental

“Estamos nos adiantando no tempo. Essas pesquisas são uma resposta ao compromisso da Biotecnologia com o meio ambiente”, define o coordenador da pesquisa e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UCS, Aldo Dillon, sobre o processo de produção e sistematização do conhecimento científico e sua disponibilização à sociedade – etapas que caracterizam a missão institucional da UCS.

De acordo com ele, a descoberta disponibiliza ao mercado uma tecnologia eficiente e economicamente viável, com contribuições para o setor produtivo, “mas também para a causa ambiental, por possibilitar a diminuição de poluentes e, por consequência, diminuir o impacto dos efluentes industriais”.

Na indústria têxtil, por exemplo, cujos processos são bastante poluentes, visto que de 10 a 15% dos corantes não são fixados durante o tingimento e passam a ser componentes dos efluentes, o uso das enzimas resulta em maior eficiência para o tratamento de resíduos relacionados a presença de corantes.

Na indústria papeleira, os agentes biológicos quebraram moléculas orgânicas responsáveis pela poluição da água, também largamente geradas durante a produção de papel e derivados.

Carta-Patente é a segunda obtida em torno de pesquisa com antipoluente natural

A patente de invenção recebida pela instituição é a segunda oriunda de pesquisas, executadas pela mesma equipe do Instituto de Biotecnologia, sobre processos biotecnológicos do fungo Pleurotus sajor caju, um cogumelo comestível com ocorrência comum na natureza. A primeira, referente à remoção de metais pesados de líquidos contaminados, foi concedida em junho de 2015.

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