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Mundo Uso de banheiros por transexuais divide opiniões nos Estados Unidos

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Sanitários para todos os gêneros – como indica a imagem – tornou-se um problema para a administração de Barack Obama, que defende o direito dos transgêneros. (Foto: Reprodução)

É problema seu um transexual escolher que banheiro usar? O Partido Republicano acha que sim, e condenou em sua plataforma uma orientação presidencial para alunos de escolas públicas frequentarem o sanitário no qual se sintam mais confortáveis. “Eles estão determinados a remoldar nossa sociedade inteira, para encaixá-la em uma ideologia alienígena à nossa tradição”, aponta o texto apresentado na convenção do partido.
Recentemente, a Suprema Corte americana bloqueou uma ordem judicial que dava a um aluno transgênero do Estado da Virgínia, Gavin Grimm, 16 anos, o direito de usar o banheiro com a placa “eles”. Nascido com órgãos femininos, desde pequeno ele dizia: “Sou igual a ele”, ao ver o irmão gêmeo.

Dor de cabeça.
O tema tem sido uma dor de cabeça para o presidente para Barack Obama, desde que 11 Estados entraram na Justiça contra seu governo, em maio, reagindo a uma diretriz sua pró-direitos dos transgêneros. A medida – que foi imposta após vários Estados (a maioria do Sul e sob o governo republicano) implantarem leis de liberdade religiosa que autorizam alguém a negar serviços à comunidade gay – não tem força de lei, mas instituições que a desobedeçam arriscam perder verba federal. Se Obama diz que proteger a “dignidade das crianças” é obrigação, a coalização, liderada pelo Estado do Texas, argumenta “garantir a segurança” delas.

Argumentos.
A ativista texana Michelle Stafford discorda: “Você tem noção de que está direcionando uma pessoa que toma hormônios para ganhar pelos e músculos a entrar no banheiro feminino? E o que ocorrerá no compartimento masculino com o indivíduo que fez implante de seios, removeu seus pelos e possivelmente seus ‘apêndices’ masculinos?”.

“Dê um Google”, sugere Kaeley Triller – que se define como “contadora de verdades”, “seguidora de Jesus” e “sobrevivente de um estupro” na infância – listando manchetes de jornais nas quais a teoria conservadora virou prática: “Reese, 33, sufoca garota de 8 até ela desmaiar em Chicago; com peruca e roupa de mulher”. “Jason, 33, é preso após gravar as clientes de uma loja californiana por ‘horas’ com câmera escondida”. Para Kaeley, “é negligente sobrepor o conforto emocional de uma minoria à segurança física de um vasto grupo de pessoas vulneráveis”. “Forçar-nos a compartilhar o banheiro com homens biológicos é cultura do estupro”, defende.

Os apoiadores dos direitos LGBT argumentam que casos como os das manchetes apresentadas por Kaeley, além de raros, já são enquadrados como crime, enquanto a população trans, na prática, fica à margem da lei.

“Sabe o que é irônico? Esses mesmos conservadores ficariam chateados se alguém propusesse banir armas porque os criminosos as usam”, destaca Libby Anne, cidadã que se identifica como “evangélica convertida em feminista ateia”.

Agressões.
Em 2013, pesquisa da Universidade da Califórnia (Estado americano sem restrições de gênero para o uso de sanitários) mostrou que 70% dos transgêneros sofreu agressão física ou verbal no banheiro, e 54% relataram complicações como infecção urinária por evitarem sanitários públicos. No Brasil não há leis sobre a questão, mas um processo no Supremo Tribunal Federal discute se transexuais podem escolher que banheiro usar. (Folhapress)

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https://www.osul.com.br/uso-de-banheiros-por-transexuais-divide-opinioes-nos-estados-unidos/ Uso de banheiros por transexuais divide opiniões nos Estados Unidos 2016-08-10
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