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Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2018
A Europa enfrenta uma forte onda de calor. Lisboa (Portugal) registrou no início do mês sua temperatura mais alta em 37 anos, 44°C; a Alemanha, bem mais ao norte, já enfrentou neste verão temperaturas próximas a 40°C e até as renas norueguesas, que vivem num dos países mais setentrionais do mundo, têm procurado sombra nos túneis das estradas locais.
Por isso, vale a pena ficar atento a algumas orientações para “sobreviver” a este calor caso você esteja embarcando para o continente nas próximas semanas. Se não estiver, pode utilizá-las a partir de dezembro mesmo, no nosso verão.
Veja abaixo quatro dicas dadas pelo professor Samuel Penna Wanner, do departamento de fisiologia da UFMG.
1) Evite doses exageradas de cafeína e álcool. A primeira é termogênica e aumenta o calor corporal; o segundo, diurético, ajuda a desidratar o corpo.
2) Programe as caminhadas. Turistas costumam andar muito, e o melhor é fazer alguns intervalos para descansar durante a andança, de preferência na sombra ou em algum lugar que tenha ar-condicionado.
3) As recomendações “de sempre”, como beber muita água e evitar exposição exacerbada ao sol devem ser observadas por todos, mas principalmente por idosos que usam medicamentos diuréticos. Estudos mostram que o calor é mais perigoso para este grupo.
4) Fique atento à primeira urina do dia. Se sua coloração for mais escura que o normal, pode ser indício de uma desidratação.
Bactérias
No início deste mês, as autoridades da Polônia proibiram o banho em mais de 50 praias no mar Báltico devido à elevada presença de cianobactérias, a mais alta na última década deste organismo tóxico, que tem presença cada vez mais comum no litoral do país graças ao aumento das temperaturas.
Socorristas de muitas praias polonesas proíbem terminantemente o banho nas águas do Báltico por causa do risco para a saúde provocado por estas bactérias, embora não seja necessário que façam com muita veemência porque a cor esverdeada e a textura espessa das águas onde crescem as colônias de cianobactérias já tornam pouco aprazível um mergulho de cabeça.
“A cada ano faz mais calor e vemos como esta situação ocorre, infelizmente, mais comum”, explicou à Agência Efe um socorrista em Sopot, a cidade litorânea mais popular da Polônia, com dois milhões de turistas anuais, onde neste verão foi limitado o banho em várias praias pela presença de cianobactérias.
As temperaturas registradas no norte do país durante o início de agosto, superiores aos 30ºC, fizeram com que a água ficasse mais quente do que o normal (em alguns casos acima dos 22 graus), o que favoreceu a aparição de colônias destas bactérias.
As autoridades de saúde regionais insistem que, embora a água esteja limpa e não existam problemas por causa de vazamentos, o contato com a bactéria pode causar alergias e problemas cutâneos, ao mesmo tempo que beber água contaminada pode causar problemas digestivos graves.