Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 2 de dezembro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Não convidem para a mesma mesa de jantar os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e a cúpula da Igreja Católica. A decisão da Corte de permitir o aborto até o terceiro mês de gestação dividiu as duas principais instituições brasileiras.
Em meio a uma campanha nas redes sociais contra a descriminalização da prática de aborto, dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, foi irônico no Twitter: “A vaquejada é proibida mas a morte de seres humanos até o terceiro mês é permitido. Que país é este???”. Assim mesmo, com três pontos de interrogação. Em nota, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) apelou à Nossa Senhora para que “interceda pelos nasciturnos”.
Troca de papéis
Na Câmara dos Deputados, os parlamentares evangélicos criaram uma comissão que promete confrontar os ministros do STF. Alega-se que o Supremo resolveu legislar no lugar do Legislativo.
Patinho feio
O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM) foi provocado por outros líderes partidários na Câmara: seria ele o único arrependido por indicar o relator das medidas anticorrupção, Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Chuveiro
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também não poupou o Lorenzonzi. “É um Lorenzetti”, disse ele, aludindo à tradicional fábrica de chuveiros.
Duas noivas, um casamento
Braço-direito do ex-presidente Lula no Palácio do Planalto, o ex-ministro Gilberto Carvalho confidenciou que o líder petista se animou para assumir a presidência do PT, hoje em frangalhos. Mas Lula estaria muito mais animado em se candidatar à Presidência da República em 2018. “Ele está viajando pelo Brasil”, resumiu Carvalho.
Que feio
As assessorias do Planalto e de Lula têm antecipado para a imprensa pautas exclusivas solicitadas pelos jornalistas.
Conhecimento é tudo
Durante 20 dias, ao menos 30 pesquisadores estudarão a água, o fundo do oceano Atlântico e sua relação com a atmosfera. A missão, a bordo do navio de pesquisa Vital de Oliveira, zarpou nessa quinta-feira sob os auspícios da Uerj (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Persona non grata
O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) quer tirar o título de Mérito Legislativo concedido a Guilherme Boulus, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), entidade acusada de depredar a Esplanada dos Ministérios nesta semana.
Aqui e lá
O povo colombiano, que emocionou o Brasil com as homenagens às vítimas do acidente aéreo com a Chapecoense, ainda sofre com a guerrilha de 50 anos. Ontem, uma menina quase morreu quando brincava com uma granada.
Los hermanos
Para evitar mais sofrimento às famílias das vítimas da tragédia com a delegação do clube catarinense, o Departamento de Medicina Legal da Colômbia realizou a identificação dos 71 corpos em um tempo recorde. Os brasileiros agradecem.
Efeito-borboleta
A Operação Zelotes, que mirou ontem o Itaú Unibanco e o Bank Boston, provocou “prejuízos” também ao Banco do Brasil e ao Bradesco. Somadas à queda dos papéis do Itaú Unibanco, as perdas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) chegaram a R$ 9,3 bilhões.
Ironia
Mesmo sendo o alvo, o Itaú-Unibanco foi o menos penalizado, de acordo com o Infomoney. As suas ações tiveram queda de quase 5%. A Polícia Federal buscou documentos relativos a processos tributários.
Virou fumaça
O governo do presidente Michel Temer garantiu que não aumentaria tributos, mas mordeu a língua. E ri da sociedade. Agora, aumentou (de novo) o imposto sobre os cigarros em 7%. Quem deu aval foi o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, que terá de inventar uma desculpa para o chefe.
No crédito
Não está fácil pra ninguém. Em Belo Horizonte (MG), prostitutas fechou acordo com a Caixa. Os clientes poderão parcelar o valor pago pelos programas.
Olhar 43
Para o senador Roberto Requião (PMDB-PR) abuso de poder “é o que sofre o povo ingênuo nas mãos de otoridades”. Todas “otoridades”. Então tá.
Ponto Final
“O dia 29 de novembro foi um dia sombrio para a história brasileira. Vândalos destruíram automóveis de funcionários e provocaram baderna na Esplanada dos Ministérios.” – Senador Lasier Martins (PDT-RS), sobre o badernaço realizado em Brasília na última terça-feira contra a PEC (proposta de emenda à Constituição) 55, que prevê um limite para os gastos federais.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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