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Mundo Vazamento de nudes de Jeff Bezos é um alerta para o risco que bilionários correm na era digital

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Jeff Bezos, fundador e diretor-executivo da Amazon e dono do jornal Washington Post. (Foto: Reprodução/Instagram)

Nem mesmo a pessoa mais rica do mundo conseguiu impedir o vazamento de um selfie de “nude”. Quando Jeff Bezos, dono da Amazon e do Washington Post, disse em seu blog na quinta-feira que estava sendo vítima de uma tentativa de chantagem por parte da editora do National Enquirer, ele deixou claro os riscos que a era digital representa, em particular, para os bilionários.

“A percepção entre as pessoas muito ricas é frequentemente a seguinte: ‘eu tenho esse nível de riqueza, sou intocável'” — diz Mark Johnson, diretor executivo da empresa de gerenciamento de riscos Sovereign Intelligence. “Mas a verdade é que os sistemas que elas têm para protegerem suas informações pessoais são muito fracos.”

Basta perguntar a qualquer empresa familiar quais são, atualmente, seus maiores medos — e uma das primeiras respostas será um vazamento na cibersegurança. A proteção pessoal não mais se limita a guarda-costas e um sistema de alarme de última geração. Na era da internet, as pessoas cada vez mais armazenam seus dados mais sensíveis on-line, onde eles ficam vulneráveis a violações e hacking.

Sem recursos robustos

Os ultrarricos são especialmente suscetíveis a vazamentos porque muitas de suas informações acabam centralizadas nos escritórios da família, que não contam com os firewalls e a alta capacidade de criptografia de dados usados em bancos, por exemplo.

Johnson, que já trabalhou no NCIS (serviço de investigação da Marinha americana), conta que trabalhou com clientes com mais de US$ 40 bilhões em ativos que tinham segurança física fortíssima, mas pouquíssima proteção digital.

Não está claro como o National Enquirer acessou as mensagens e fotos íntimas de Bezos, que está investigando a fundo o assunto e ordenou a seu chefe de segurança usar “todos os recursos necessários” para descobrir de onde partiu o vazamento.

Especialistas no setor dizem que são várias as possibilidades de invasão. “Todos carregamos dispositivos, e cada um deles tem seu ponto vulnerável”, diz Kris Coleman, fundaddor da empresa de serviços de inteligência Red Five Security.

Informações do internet banking, dados de identidade, saúde e até planos de viagem podem ajudar a expor alguém a um vazamento. Quem faz parte do círculo íntimo dos bilionários corre risco maior de acessar informações passíveis de compartilhamento, seja sem querer ou com intuito malicioso. “Famílias ricas têm de se considerar alvos tão sensíveis quanto países”, afirma Coleman.

Danos à reputação

E os bilionários não correm apenas perigo de perder dinheiro com um “hack” de suas informações. No bojo, há danos a marcas e reputações também. Um exemplo: na terça-feira o site noticioso Splinter publicou e-mails racistas de Joe Ricketts, fundador do grupo Ameritrade Holding, que insultavam muçulmanos. Ricketts logo publicou uma nota em seu site se desculpando pelos comentários, dizendo que eles “não refletiam” seus valores pessoais.

Prover segurança para os super-ricos é uma área em expansão. Nela, agentes de Serviços Secretos de países, militares, detetives da Scotland Yard e afins descobriram um filão em que ganham o dobro do que recebiam quando trabalhavam para governos.

US$ 10 milhões para proteger Zuckerberg

Só para proteger seu diretor Mark Zuckerberg, o Facebook gastou US$ 7,3 milhões em 2017 — uma despesa que a empresa considera essencial dada sua “posição e importância”. No ano passado, essa verba subiu para US$ 10 milhões. A responsável pela segurança de Zuckerberg é uma ex-agente do Serviço Secreto dos EUA, segundo o perfil dela no LinkedIn.

E a Amano despendeu US$ 1,6 milhão na segurança de Bezos em 2018, de acordo com documentos da empresa. E a Family Foundation de Bezos também tomou suas precauções — seu endereço de contato é uma caixa postal num shopping obscuro em Seattle.

Mas Coleman não ficou surpreso com o fato de as mensagens e fotos de Bezos estarem vulneráveis. “Meu recado para as famílias ricas é: não suponham que vocês estão seguras. Porque a maioria não está.”

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