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Armando Burd Vencidos pelo sono

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

As quatro sessões consecutivas da semana, que entraram pela madrugada, mataram deputados no cansaço, provocando a saída de alguns do plenário e derrota do Executivo em um dos projetos de maior repercussão financeira. Na madrugada de ontem, a alteração do cálculo do duodécimo distribuído aos poderes, que traria economia de 650 milhões de reais por ano ao Tesouro do Estado, precisava de 33 votos. Os governistas não passaram dos 29.

JOGO ARTICULADO
A oposição liderou a manobra para prolongar as sessões. Com a paciência de monges tibetanos, deputados se revezaram na tribuna, repetindo argumentos à exaustão e martelando os da situação. Esses, por sinal, jamais demonstraram entusiasmo com o pacotão por um motivo: ficaram distantes da elaboração e só foram convidados a conhecer quando o prato estava pronto. O episódio evidenciou falta de confiança.
No próximo ano, as relações do governo com a bancada situacionista tendem a ficar mais estremecidas.

PONTO FUNDAMENTAL
Na discussão do projeto sobre o aumento da alíquota previdenciária dos servidores públicos estaduais para 14 por cento, o deputado Luiz Fernando Mainardi usou uma expressão esquecida: cálculo atuarial. Por anos, foi desprezada, abrindo caminho para o caos.

O QUE FAZER
O vereador Kevin Krieger passou a tarde de ontem reunido com o prefeito eleito Nelson Marchezan. Buscam saída para a recusa da Câmara Municipal em votar o projeto que diminui o número de secretarias. A tendência é convocar sessão extraordinária na segunda quinzena de janeiro. Antes, porém, terão de reatar a ponte rompida com o PTB.

DESMANCHA PRAZER
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou que governo federal não está contando com crescimento do Produto Interno Bruto, no 1º trimestre de 2017. Poderia adiar a má notícia para fevereiro.

CAMPEÃO DE NOVO
O Brasil é o país que mais gasta no serviço da dívida. O último levantamento do Fundo Monetário Internacional mostra que foram 7,9 por cento do Produto Interno Bruto em 2014. Em 2º lugar, está Portugal com 5,1 por cento. Depois, vem a Itália com 4,8 por cento.

ZONA DO CONFORTO
A lei do teto orçamentário trata de uma obrigação elementar da classe política: não gastar além do arrecadado. Mera obrigação, jamais uma virtude. Na gestão privada, quem não fizer isso, quebra.

DIFICULDADE
Nem Lula consegue unificar as correntes internas para se eleger presidente nacional do PT. A coleção de processos atrapalha e seus críticos se recusam a sentar à mesa de conciliação.

LEI DO RIGOR
A 23 de dezembro de 1966, chegou ao Congresso para votação em 30 dias o anteprojeto da nova Lei de Imprensa que definia a liberdade de manifestação do pensamento e de informações, disciplinando o registro obrigatório de jornais e outros veículos. Incluía penalidades a que estariam sujeitos os que praticassem abusos no exercício da profissão de jornalista ou radialista.

Há 50 anos, o poder não sonhava com a Internet e a redes sociais.

RÁPIDAS
* A crise nas finanças do Estado, ao invés de enfrentada, a cada ano foi contornada. Estourou.

Fiado, só amanhã. Por décadas, o cartaz afastava caloteiros. Agora mudou: fiado, nem amanhã.

* O colunista deseja Boas Festas a todos os leitores.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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