| Vendas de iPhones caem pela primeira vez na história
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2016
No primeiro trimestre deste ano, as vendas do iPhone caíram pela primeira desde o lançamento do produto, em 2007, um fato esperado pelo mercado dada a falta de novidades da última versão do smartphone e a concorrência em mercados-chave como a China. A companhia teve a primeira queda de receita em 13 anos.
De acordo com resultados divulgados nesta terça-feira (26) pela Apple, foram vendidas 51,2 milhões de unidades do aparelho, uma queda de 16% em relação ao mesmo período do ano passado (61,8 milhões).
O número, entretanto, é maior do que o esperado pelos analistas, que previam resultado ainda pior, de 50,7 milhões de aparelhos vendidos.
O aparelho, que praticamente definiu o mercado de smartphones, parece ter chegado a um ponto de saturação. A última versão, a 6s, foi recebida com frieza pelo mercado, já que não apresentava novidades que saltassem os olhos, além de uma câmera melhor, de 12 Mpixels, e a tecnologia 3D Touch, que “entende” a força do usuário para acionar diferentes funções.
Por que, então, usuários desembolsariam US$ 199 pelo aparelho nos Estados Unidos (ou a partir de R$ 3.999, um preço recorde, no Brasil).
No lançamento em São Paulo, em novembro, antes da abertura da loja oficial da empresa havia mais funcionários do que clientes na porta – algo que contrasta com as tradicionais filas que são marca do produto.
O smartphone vem, gradativamente, perdendo espaço no país. De acordo com o instituto de pesquisas Gartner, a participação de mercado do iPhone, que era de 6,2% em 2013, caiu para 6,1% em 2014 e terminou 2015 em 4,5%.
Com isso, está atrás de Samsung (38,2%), Lenovo (19%), LG (13,6%) e Blu Products (9,4%).
QUEDA DE PREÇO
Além disso, o dinheiro vindo da venda de iPhones caiu ainda mais (18%). Em parte porque o preço médio dos iPhones vendidos foi menor: US$ 642 (R$ 2.260), contra os US$ 691 (2.432) do trimestre anterior.
A companhia culpa a popularidade do iPhone 5s, lançado em 2013 e ainda comercializado, além do das versões 6 e 6 Plus, de 2014. Para este trimestre, que vai até junho, a perspectiva é que o cenário se mantenha, já que chegará ao mercado o iPhone SE, menor e mais barato que o principal smartphone da marca no momento, com valor mínimo de US$ 399
Com isso, a Apple teve sua primeira redução de receita desde 2003 (na comparação trimestre com trimestre). A companhia liderada por Tim Cook teve receita líquida de US$ 50,6 bilhões nos primeiros três meses do ano, número 13% menor que o registrado em 2015, de US$ 58 bilhões.
A China foi o país que mais influenciou no resultado: a receita da companhia no país, que é seu segundo maior mercado, caiu 26% no trimestre, para US$ 12,5 bilhões. Nas Américas, a redução foi de 10%. O Japão foi o único país em que a empresa cresceu em vendas (24%).
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