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Brasil Veteranos e novatos já se movimentam para comandar o Senado a partir de 2019

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A partir da esquerda: Cid Gomes, Esperidião Amin, Renan Calheiros, Simone Tebet e Tasso Jereissati. (Fotos: Agência Câmara e Agência Senado)

Tão logo as eleições de outubro se encerraram e Jair Bolsonaro (PSL) venceu a corrida pelo Palácio do Planalto, o foco nos carpetes azuis do Senado se voltou para a disputa que definirá, em fevereiro de 2019, quem comandará a Casa pelos próximos dois anos.

A derrota de Eunício Oliveira (MDB-CE) nas urnas tirou do páreo o atual presidente do Senado e abriu caminho para nomes da velha guarda da Casa, como Renan Calheiros (MDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), e até mesmo novatos, como o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT).

Porém, velhos rostos que voltam à Casa no ano que vem, como o senador eleito Esperidião Amin (PP-SC), pretendem pegar carona na onda conservadora para pleitear o posto número 1 do Senado. Correndo por fora, a atual líder do MDB, senadora Simone Tebet (MS), aglutina votos da bancada ruralista e empolga quem gostaria de ver uma mulher comandando a Casa pela primeira vez.

A três meses da eleição interna, as movimentações no plenário, nos corredores e nos gabinetes do Senado ainda é silenciosa. Embora alguns nomes sejam ventilados apenas para testar a viabilidade eleitoral, há quem pretenda aproveitar os meses de transição entre as legislaturas para consolidar uma candidatura e já começar a pedir votos.

Recém-reeleito para o quarto mandato consecutivo de senador, Renan Calheiros segue uma estratégia de se cacifar nos bastidores como opção para assumir, mais uma vez, o comando do Senado, posto que ele já ocupou em outras três oportunidades.

Relatos ouvidos no Senado dizem que Renan tem telefonado para senadores novatos em busca de apoio para uma eventual candidatura para a presidência da Casa. Emedebistas próximos ao parlamentar alagoano já estão, inclusive, atuando como cabos eleitorais, pedindo votos.

Em público, entretanto, ele desdenha da candidatura, afirma que há “excelentes” opções para assumir a cadeira de Eunício Oliveira em praticamente todos os partidos, mas, de forma cautelosa, destaca que não se pode “antecipar essa discussão” e é preciso “aguardar”.

“Eu tenho dito: ‘Eu não cogito, não quero’. Já fui presidente. Essa discussão deve ser levada para janeiro. Não podemos inverter os sinais, antecipar essa discussão”.  Renan é considerado pelos próprios colegas um dos mais hábeis articuladores políticos do Congresso. Sem assumir candidatura, ele voltou do recesso branco do período eleitoral e, imediatamente, começou a articular. No plenário, ele circula sorridente em todas as rodas de conversas, com as mãos nos ombros dos senadores.

Há, entretanto, quem enxergue nas movimentações de Renan somente um “balão de ensaio” para, mais tarde, se não conseguir viabilizar a candidatura para o comando do Senado, ao menos assegurar a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a principal da Casa.

Apesar do bom trânsito com as diferentes correntes, o ex-presidente do Senado não é unanimidade. Caso venha a se lançar à sucessão de Eunício, deve sofrer oposição dos parlamentares mais ligados ao presidente eleito Jair Bolsonaro e de integrantes do seu próprio partido, o MDB. Absolvido da acusação de desvio de dinheiro público no caso Mônica Veloso, Renan foi citado várias vezes em delações da Lava-Jato e ainda é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal.

Embora tenha se reaproximado do PT ao longo das eleições e aspire contar com votos de petistas em uma eventual disputa pelo comando do Senado, Renan não quer implodir a ponte com o novo governo. Indagado sobre a possibilidade de a oposição criar uma frente anti-Bolsonaro na Casa, ele rapidamente diz que essa não é uma prioridade.

“Defendo um esforço suprapartidário para uma agenda em favor do Brasil. Para que nós possamos retomar o crescimento da economia, gerar emprego, aliás, em primeiríssimo lugar, essa é a coisa que mais interessa aos brasileiros. Mas não uma frente contra o governo”, afirmou.

Candidato dos bolsonaristas

Até então sem representação no Senado, o PSL, partido de Bolsonaro, elegeu quatro senadores na eleição de outubro, entre os quais o mais votado da Casa, Major Olímpio (SP). Com o apoio de Bolsonaro, o novo senador paulista obteve 9.039.717 votos. Um dos filhos do presidente eleito, Flávio Bolsonaro (RJ) também vai reforçar a bancada do PSL no Senado.

Apesar da força política que obteve ao vencer a disputa pela Presidência e conquistar a segunda maior bancada da Câmara, dirigentes do PSL, até o momento, têm afirmado que não há pretensões de lançar candidato para o comando das duas casas legislativas do Congresso.

O próprio Bolsonaro disse nesta semana, em entrevista coletiva concedida no Rio de Janeiro, que recomendou ao PSL não lançar candidatos à presidência das duas casas. Em troca, espera atrair apoio de deputados e senadores de outros partidos às propostas que pretende apresentar ao Legislativo a partir de janeiro, como a reforma da Previdência.

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