Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2015
O vice-presidente executivo de recursos humanos da companhia aérea Air France, Xavier Broseta, precisou ser retirado por seguranças de uma reunião com representantes de funcionários nessa segunda-feira. Broseta explicava planos de corte de despesas, quando o local foi invadido por trabalhadores. A reunião ocorria na sede da empresa em Roissy-en-France, na Região Metropolitana de Paris, na França.
A Air France pretende cortar 2,9 mil postos de trabalho até 2017 e reduzir em 14 o número de aeronaves em voos de longo alcance em um esforço para reduzir custos, segundo fontes sindicais ouvidas pelas agências de notícias Reuters e Efe. As medidas incluiriam ainda acabar com cinco rotas e reduzir 37 percursos deficitários.
A companhia já havia indicado na semana passada a intenção de suprimir rotas, adiar a compra de aviões e realizar demissões, depois que os pilotos se negaram a aceitar um aumento das horas de voo com o mesmo salário. Caso isso seja confirmado, será a primeira vez que a Air France-KLM fará demissões, decisão que seria adotada com a aprovação do Estado francês, que possui 17,6% das ações.
Negociações
O ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, culpou os sindicatos de pilotos pelo fracasso das negociações, o que, na sua opinião, obrigou a Air France-KLM a “adotar medidas mais duras” em termos de emprego. O ministro considerou “imprescindível” que a companhia passe por reformas para melhorar sua competitividade diante da crescente concorrência e com o objetivo de “seguir como líder mundial do setor”. (AG)