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Mundo Vinte mil vão às ruas de Moscou pedir liberdade de manifestantes que reivindicavam eleições livres

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O anúncio foi feito nesta terça-feira (11) pelo presidente do país, Vladimir Putin. (Foto: Kremlin/Fotos Públicas)

Cerca de 20 mil manifestantes foram às ruas de Moscou neste domingo (29) para exigir a libertação de manifestantes presos em protestos que ocorreram em julho, quando políticos da oposição foram barrados nas eleições locais em setembro, marcadas pela derrota dos candidatos pró-Kremlin. As informações são do portal G1.

Várias pessoas foram condenadas a até quatro anos de prisão e outras estão sendo processadas por crimes como violência contra policiais.

As prisões que motivaram o protesto deste domingo vem acontecendo desde agosto. Há registros de manifestações que já terminaram com 1.400 pessoas detidas.

Tudo começou com a denúncia da oposição de que houve a exclusão de cerca de 30 candidaturas independentes para as eleições locais de 8 de setembro.

“Liberdade para presos políticos”

Neste domingo, segundo a agência Reuters, uma multidão de pessoas agitou bandeiras de vários grupos políticos, gritando “Deixe-os ir!” e “Liberdade para presos políticos”.

Este foi o movimento de protesto mais importante desde o retorno de Vladimir Putin ao poder em 2012.

“Ninguém consegue obter uma audiência justa nos tribunais russos –injustiça e ilegalidade podem acontecer a qualquer pessoa agora. Estou aqui não apenas por mim, mas por aqueles que não puderam estar aqui ou com seus entes queridos, aqueles que estão na prisão ou já foram condenados à prisão”, disse o político da oposição Lyubov Sobol aos manifestantes.

Organizada pelo Partido Libertário e apoiada pelo opositor Alexei Navalny, a manifestação foi autorizada pelas autoridades. De acordo com a AFP, dezenas de policiais garantiam a segurança do protesto, que foi cercado por barreiras metálicas.

Segundo a Reuters, os protestos não representam uma ameaça ao presidente Vladimir Putin, que venceu a reeleição por ampla margem no ano passado. Mas eles surgem num momento em que suas taxas de aprovação têm caído após anos de queda da renda real e uma medida impopular para aumentar a idade da aposentadoria.

Cenário

A impopular reforma da Previdência no ano passado ajudou a fazer com que o apoio da população à legenda de Putin caísse a taxas mínimas históricas e abriu caminho para uma série sem precedentes de protestos, cujos temas vão da coleta de lixo a preocupações com a liberdade de imprensa.

O capital político do partido governista está tão baixo que os candidatos da sigla no pleito de domingo em Moscou estão concorrendo como independentes por temer que a ligação com a legenda possa minar suas chances.

Com o desmoronamento da marca Rússia Unida, a oposição fragmentada tem agora a rara oportunidade de fazer uso dessa crescente frustração popular com o sistema político do país.

Quando o comitê eleitoral de Moscou se recusou a registrar a maioria dos candidatos apoiados pela oposição com o argumento de que seus pedidos de candidatura continham milhares de assinaturas de apoio supostamente falsas ou inválidas, os oposicionistas rapidamente denunciaram a violação e mobilizaram seus simpatizantes.

Isso resultou em semanas de intensas manifestações na capital russa. As imagens de policiais espancando manifestantes pacíficos serviram para alimentar ainda mais o descontentamento da população, afirma o consultor político russo Abbas Gallyamov.

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