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Mundo A visita de Donald Trump ao Japão aumenta o temor de um ataque da Coreia do Norte ao país

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O presidente dos EUA, Donald Trump. (Foto: Reprodução)

A visita que o presidente dos EUA, Donald Trump, fará ao Japão a partir deste domingo (5) tem elevado a preocupação dos japoneses em relação às ameaças da Coreia do Norte sobre o uso de armas nucleares. Para eles, a presença do americano na Ásia pode estimular uma reação do ditador Kim Jong-un.

“A tensão está em um nível que nunca vi. Quanto mais tenso fica, mais aumenta a possibilidade de uma iniciativa radical do governo norte-coreano”, afirmou André Sudo, brasileiro que mora no país desde os 14 anos. Trump deixou Washington na sexta-feira (3) para dar início a sua primeira visita a região desde que se tornou presidente. Além do Japão, ele irá para Coreia do Sul, China, Vietnã e Filipinas. O principal assunto na bagagem será o debate sobre como lidar com a ditadura norte-coreana.

Os Estados Unidos cobram um posicionamento mais duro de seus aliados asiáticos para por um fim às ameaças do ditador Kim Jong-un, cujo regime vem testando de forma recorrente foguetes com dita capacidade de atingir o território dos EUA e, em setembro, aparentou testar uma bomba de hidrogênio.

A preocupação com a segurança do território japonês cresceu depois que a disputa retórica entre Trump e Kim se acirrou, e a possibilidade de que novos testes com mísseis sejam realizados tornou-se uma constante. Nos últimos testes feitos pelo ditador norte-coreano neste ano, mísseis sobrevoaram a ilha de Hokkaido, no norte do Japão.

“Cada teste de mísseis que sobrevoam o território japonês realizados por eles [Coreia do Norte] carregam o risco de falhar e causar uma tragédia no Japão. É por isso que temos medo”, afirmou Sudo. O receio descrito por ele mostra como o assunto entrou na rotina diária da população japonesa neste ano.

As ameaças norte-coreanas viraram o assunto central da campanha eleitoral que levou à reeleição do premiê Shinzo Abe no fim de outubro. Abe busca apoio popular para alterar a Constituição do país, de caráter pacifista, para que o Japão possa se envolver em guerras. Hoje, o país possui forças militares apenas para autodefesa. Após o lançamento dos primeiros mísseis norte-coreanos, o governo japonês passou a utilizar um sistema de alerta para avisar a população – o mecanismo inicialmente era usado para alertar sobre terremotos e tsunamis.

Ele envia uma mensagem para os telefones celulares dos cidadãos que vivem na área atingida com instruções sobre como se proteger. O uso do sistema para avisar sobre os mísseis causou polêmica porque foi interpretado como uma tentativa do governo de elevar o medo em relação à Coreia do Norte. Em abril deste ano, o governo japonês também lançou uma cartilha em diversas línguas com recomendações sobre como agir em caso de ataque norte-coreano.

Apesar da amplificação medo, os japoneses ainda são céticos quanto à concretização das ameaças de Kim. Para a professora de inglês Yuri Yasuda, há um exagero do governo e da opinião pública que tentam disseminar a tensão de modo a obter apoio para mudanças políticas. “Não podemos descartar que algo assim aconteça, principalmente agora, mas acho que é improvável”, diz.

Ainda que a tensão tenha aumentado, alguns dos japoneses entrevistados pela reportagem demonstraram não se interessar pelo assunto. “Já vimos o horror de uma bomba nuclear, por isso não quero acreditar que outra possa ser usada agora. E como estamos longe da rota [dos mísseis] não quero me preocupar mais”, afirmou Kyo Denkoseka, chef de um restaurante em Hiroshima.

“O medo e a tensão acabam concentrados mais em Hokkaido e Tóquio, por ser a capital. No restante do país as pessoas têm certo receio mas estão mais tranquilas”, disse a brasileira Sabrina Sasaki, que mora em Kyoto. “Acho que a iminência constante de um terremoto ainda assusta mais.”

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