Quinta-feira, 28 de março de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Saúde Você provavelmente não estará vivo para ver a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho

Compartilhe esta notícia:

Especialistas medem não só a participação econômica das mulheres, mas também a qualidade dos empregos. (Foto: Reprodução)

Se você tem 20 anos de idade em 2015, suas chances de ver a igualdade de gênero no mercado de trabalho em todo o mundo já são pequenas. De acordo com a previsão do Fórum Econômico Mundial, será preciso esperar até 2095 para que isso aconteça, caso o ritmo das transformações continue o mesmo. Estatísticas mostram que a desigualdade de gênero – da qual a diferença salarial faz parte – tem diminuído na última década. No entanto, esta diminuição tem sido lenta e irregular.

O assunto voltou à tona após declarações recentes do primeiro-ministro britânico, David Cameron, que prometeu diminuir a desigualdade de salários entre homens e mulheres em uma geração. No Reino Unido – que está na 26 posição no ranking geral sobre desigualdade de gênero e na 48 posição no ranking que mede a igualdade de salários entre homens e mulheres para o mesmo emprego – a mudança em uma geração poderia ser possível. No entanto, o cenário é diferente em outros países e regiões.

Oportunidades econômicas.

O Brasil está na posição 124, entre 142 países, no ranking de igualdade de salários por gênero. Entre os 22 países das Américas neste ranking, aparece em 21 lugar, à frente apenas do Chile e atrás de países como Honduras, Panamá e Bolívia.

Segundo o relatório “Progresso das Mulheres no Mundo 2015-2016: Transformar as Economias para Realizar os Direitos”, publicado pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2015, a diferença entre a remuneração de homens e mulheres diminuiu de 38% em 1995 para 29% em 2007.

Mesmo assim, de acordo com a pesquisa Estatísticas de Gênero 2014, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a renda média das brasileiras corresponde a cerca de 68% da renda média dos homens.

Para o ranking do Fórum Econômico Mundial, a desigualdade de gênero em um país é calculada a partir de uma série de variáveis: fatores econômicos, saúde, educação e participação política das mulheres em comparação com os homens em determinada sociedade.

Os especialistas medem não só a participação econômica das mulheres – ou seja, quantas elas são na força de trabalho de um país –, mas também a oportunidade econômica, que se relaciona com a qualidade dos empregos que as mulheres têm mais possibilidades de conseguir.

De acordo com o Relatório Global de Desigualdade de Gênero 2014, a oportunidade econômica para as mulheres é especialmente relevante para países em desenvolvimento – onde as mulheres podem conseguir empregos com relativa facilidade, mas não conseguem ser promovidas a melhores posições com melhores salários.

Melhores e piores.

No ranking geral, os países nórdicos aparecem no topo da lista como os menos desiguais. A Nicarágua, no entanto surpreende em sexto lugar, principalmente por causa de seu alto índice de empoderamento político das mulheres e de acesso à saúde. Mesmo assim, o país não é bem classificado quando se trata de igualdade de salários – cai para a 93 posição.

De acordo com Zahidi, Ruanda aparece em sétimo entre os países mais igualitários porque “há quase tantas mulheres quanto homens no mercado de trabalho”, o que o torna o país com a menor desigualdade de gênero no continente africano.

As Filipinas são o país asiático com a melhor qualificação, em nono lugar, e sua posição se baseia principalmente nas notas altas do quesito igualdade de salários em atividades semelhantes entre homens e mulheres. Em geral, as mulheres em países onde há conflitos e deslocamento de pessoas sofrem mais. As últimas posições do ranking são dominadas por países do norte da África e do Oriente Médio. (AG)

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Saúde

Mulheres sofrem mais do que os homens com término de relacionamento, diz estudo
Homens vaidosos, mas com vergonha de comprar nas lojas, alimentam sites de beleza masculina
https://www.osul.com.br/voce-provavelmente-nao-estara-vivo-para-ver-a-igualdade-entre-homens-e-mulheres-no-mercado-de-trabalho/ Você provavelmente não estará vivo para ver a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho 2015-08-08
Deixe seu comentário
Pode te interessar