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Esporte Zagueiro do Inter é acusado de suposta injúria racial contra atacante do Ceará em jogo da Série B

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Cuesta foi contratado pelo Inter em 2017. (Foto: Ricardo Duarte/Internacional)

Na noite de terça-feira, após o apito final da partida na Arena Castelão, em Fortaleza (CE), a vitória do Inter por 2 a 0 sobre o Ceará pela décima-terceira rodada da Série B acabou ofuscada por um incidente envolvendo uma acusação grave: o atacante Elton, da equipe dona da casa, declarou à imprensa ter sido alvo de injúria racial por parte do zagueiro colorado Victor Cuesta.

De acordo com a versão da suposta vítima do ataque, por mais de uma vez o atleta argentino o chamou de “macaco”. A ofensa teria ocorrido durante uma discussão entre os dois jogadores no segundo tempo, motivando uma discussão que levou o árbitro Leandro Bizzio Marinho a punir ambos com o cartão amarelo. Eles ensaiaram uma troca de agressões físicas, mas foram apartados pelo goleiro do Inter, Danilo Fernandes, que trabalhou com Elton no Corinthians.

“Ele acabou trombando comigo em um lance normal, virou para mim e me chamou de macaco duas vezes”, afirmou Elton aos repórteres que o cercaram na saída do gramado. “A gente sabe que nos tempos de hoje é absurdo que as pessoas ainda cometam esse tipo de atitude. Alguns jogadores ouviram e me contiveram ali, pois eu perdi a cabeça. Tomara que as câmeras tenham flagrado esse momento, porque a gente fica muito triste, muito chateado. É lamentável, porque o Inter é um time grande e não merece ter um jogador como esse.”

Apoio colorado

Em meio à repercussão do incidente, o vice-presidente de Futebol do Inter, Roberto Melo, concedeu uma entrevista coletiva, dando o seu aval à demonstrada pelo atleta desde que foi contratado, em março deste ano. “A gente conversou com o Victor Cuesta e ele garantiu que não falou nada neste sentido”, frisou o dirigente. “Ele tem uma carreira longa e nunca protagonizou qualquer episódio envolvendo esse tipo de coisa. Eles admitiu ter discutido com o jogador do Ceará, mas não nos termos que estão sendo colocados.”

O técnico do Inter, Guto Ferreira, também conversou com os jornalistas. Ele afirmou acreditar que o seu atleta não cometeria esse tipo de atitude, tendo em vista o comportamento que o zagueiro vem mostrando sob o seu comando. “Estou há 40 dias no clube e o Cuesta tem demonstrado uma postura exemplar, tanto no que ser refere aos treinamentos quanto em sua conduta pessoal. É uma coisa grave sim, mas acho que não houve nada. Prefiro acreditar no Cuesta.”.

Cuesta se manifesta

No fim da tarde dessa quarta-feira, Cuesta se manifestou sobre o episódio. Ele negou ter usado termos racistas contra Elton. “Fiquei surpreso com o que aconteceu após o jogo. Em minha carreira nunca houve algo estranho e jamais faltei com respeito a juiz ou colega, adversário ou companheiro. Nos xingamos, é verdade, mas com respeito. São coisas que ficam dentro de campo”, disse.

Cuesta, 28 anos, iniciou a sua carreira profissional em 2008 e, desde então, já vestiu as camisas do Arsenal de Sarandí, do Defensa y Justicia, o Huracán e o Independiente, todos da Argentina, antes de desembarcar em Porto Alegre, há quatro meses. Além disso, ele atuou em vários jogos pela Seleção de seu país, inclusive utilizando braçadeira de capitão durante a Olimpíada do Rio de Janeiro, no ano passado.

Elton fará “B.O.”

Enquanto o jogador do Inter se manifestava à imprensa, Elton confirmava a decisão de registrar “B.O.” (boletim de ocorrência) contra o colega de profissão, por injúria racial, o que deve ser feito na manhã desta quinta-feira. Ele teria optado por levar o caso adiante após se reunir com os integrantes do Departamento Jurídico do Ceará. O documento pode ser obtido na Polícia Civil ou Militar mesmo sem provas do delito. Trata-se de um instrumento que documenta ou materializa um fato que pode ter consequência jurídica mais adiante.

Nas imagens analisadas até agora por diversos programas e sites esportivos, aparentemente não há elementos capazes de comprovar que o zagueiro argentino chamou Elton de “macaco”. Também não há relato sobre isso na súmula do árbitro da partida. O que se pode perceber é o atacante do Ceará se dirigindo ao juiz, gesticulando e apontando para Cuesta, em protesto contra a suposta ofensa.

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