Quinta-feira, 18 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 22 de junho de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente Michel Temer voa pela Europa levando tiros nas asas: a derrota da reforma trabalhista em uma das comissões do Senado; o vazamento das investigações da Polícia Federal, que o implicam em corrupção e os apuros pelos quais passa no Supremo Tribunal Federal o seu principal aliado tucano, o senador afastado Aécio Neves.
Sábado, ao retornar, buscará o hangar de reparos emergenciais.
TÁTICA CRIMINOSA
Os mega-empresários e delatores da JBS encheram seus bolsos e de políticos com dinheiro dos bancos públicos, dos impostos que sonegavam, dos bancos que compraram e das negociatas que faziam dentro e fora do país.
IRÁ PARA BALANÇA
Democracia não rima com demagogia. A campanha eleitoral de 2018 será a grande oportunidade de avaliar o descompasso entre o que a sociedade honesta e trabalhadora quer dos políticos sérios e o que eles estão dispostos a fazer.
SAIU DO DICIONÁRIO
Não se fala mais em “terminar em pizza”. A expressão caiu em desuso. A CPI do Cachoeira, em 2012, foi considerada um marco. Chegou ao fim de forma vergonhosa. Ao longo de oito meses de suposta investigação, deputados e senadores da comissão mista iludiram a sociedade com um teatrinho ridículo, encenado por verdadeiros profissionais em assar pizzas suculentas. Especialistas na arte de representar, mas irresponsáveis em relação ao compromisso de honrar o que juraram na posse. As mais de 5 mil páginas do relator previam indiciamentos, mas foi tudo para o lixo.
A partir daí, passaram a se defrontar mais assiduamente com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Mudou tudo.
GASTOS DE RICO
O Congresso brasileiro é o segundo mais caro do mundo, perdendo apenas para o norte-americano. Em Produto Interno Bruto, Índice de Desenvolvimento Humano, distribuição de renda, educação, saúde e outros, não há comparação cabível com os Estados Unidos. Perdemos longe. Mesmo assim, não há que ponha a tesoura das despesas dispensáveis a cortar em um País com tantas e crescentes dificuldades.
APLAUDIDO
A 22 de junho de 1987, o presidente nacional do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, fez o que os jornais classificaram como “verdadeiro comício” em palestra na Escola Superior de Guerra. Diante de auditório com 130 estagiários e oficiais superiores, criticou a ditadura militar, defendeu propostas de seu partido e rejeitou o pacto social proposto pelo presidente José Sarney. Foi o mais aplaudido na mesa que tinha Mário Covas, do PMDB, Roberto Campos, do PSD e Sandra Cavalcanti, do PFL.
ROMPER COM O PASSADO?
Diante do poder imperial nas mãos do presidente da República, o País precisa, com urgência, dar um salto para o presente.
COMPROVADO
O primeiro mito que a crise atual no Brasil derrubou foi o de que as leis são iguais para todos. É imensa a diferença do tratamento aos ricos e aos pobres.
MALABARISTAS
A época é propícia para o surgimento de exímios camaleões políticos.
EM CARTAZ
Ter que aguentar a bancada de denunciados no Congresso é filme de horror que se repete a cada dia.
MAIS UMA VEZ
O deputado estadual Marlon Santos foi reconduzido para o terceiro mandato como corregedor da Comissão de Ética Parlamentar da Assembleia.
DEFINIÇÃO ADEQUADA
Muitos políticos deveriam acrescentar a palavra patrimonialista em seus cartões de visitas. Vem a ser o uso de recursos públicos para fins privados.
CHAMAS ALTAS
Não há partido que não tenha criado a sua Torre de Babel. Quem não consegue subir joga gasolina na fogueira das vaidades.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.